28 agosto 2013

Quarta-feira aleatória: Siberia



A primeira série que acompanhei de verdade foi a já finalizada LOST, que despertou um séquito gigantescos de fãs enlouquecidos, loucos que passavam suas madrugadas reassistindo os episódios cena por cena a fim de achar um pequeno detalhe que possa ajudar na resolução de quaisquer dos inúmeros mistérios da Ilha que abrigou os sobreviventes do vôo 815.

Segundo produtores e alguns fãs, o final estilo espírita – que deixou quase todos os mistérios não resolvidos – só serviu para reafirmar a crença de que LOST falava sobre as pessoas e seus relacionamentos em uma situação extrema. Essa fã daqui? Bom, não gostei nadinha: como é ruim esperar por anos para não ter os mistérios (que eram realmente de tirar o sono) da ilha resolvidos! Desde então, não tenho assistido muito mais séries nesse estilo, cheias de mistérios que poderiam envolver até empresas estilo ficção científica ou criaturas sobrenaturais . Agora quebro o jejum com Siberia.

25 agosto 2013

Domingo preguiçoso: tatuagens literárias

Já fiz um breve comentário sobre tatuagens literárias por aqui, e já passou da hora de fazer uma nova versão daquele post. Todas imagens retiradas do ótimo Contrariwise.


O muito clássico "so it goes" ("e aí vai" ou "tudo segue") de Matadouro Cinco de Kurt Vonnegut. Repetido 127 vezes, é bastante comum entre o pessoal que manda as fotos pro Contrariwise.

24 agosto 2013

Sábado + livro = < 3: O grande Gatsby



Jane Austen já havia me ensinado, e agora F. Scott Fitzgerald reafirma: a humanidade mudou muito pouco.

22 agosto 2013

Filminho de quinta: Pelos olhos de Maisie



Boas interpretações podem carregar um filme nas costas. Boas interpretações de crianças, porém, o fazem de uma forma bastante especial.

Eu sei que isso parece ir contra a minha postura usual de não subestimar os pequenos, mas não se enganem: é óbvio que a falta de experiência leva um ator mirim a não interpretar tão bem quanto a senhora que protagonizou Amour. Narrado por uma garotinha de sete anos, que não sai de cena em momento algum, Pelo olhar de Maisie tem uma luz especial.

21 agosto 2013

Quarta-feira aleatória: quatro livros que dariam ótimas séries literárias

Considerando que sou leitora assídua de livros para jovens, esse é um tema que ultrapassa as fronteiras do estranho – em geral, os YAs de hoje em dia pecam por excesso de séries, não por sua falta. Como as séries da escritora americana Cassandra Clare, por exemplo, poderiam ser melhores se condensadas! Qual foi a necessidade de A esperança para o fechamento da maravilhosa trilogia Jogos Vorazes?

Mas não vivo só de romancezinhos adolescentes e sempre existem exceções, então foi com alguma dificuldade que selecionei essas não partes de série que me fizeram desesperadamente querer mais. Alerta para possíveis heresias literárias!

18 agosto 2013

Domingo preguiçoso: três melhores vídeos-musicais de Game of Thrones/As crônicas de gelo e fogo


Só li os dois primeiros livros de As Crônicas de Gelo e Fogo, mas já adoro bastante a série e espero mesmo que George Martin não morra antes de completar os livros.

Tá, eu não deveria dizer esse tipo de coisa.




Mas como internet e irmãs são sombrias e cheias de spoilers, já tive bastante revelações sobre a trama, o que me permitiu assistir os vídeos abaixo com certa tranqüilidade. Mas fiquem tranqüilos, eu não sou nenhuma chata: todos os adoráveis três musicais abaixo estão com “classificação” de acordo com as revelações de enredo que apresentam, que variam de nenhuma até o terceiro livro/terceira temporada. Aproveitem!

17 agosto 2013

Sábado + livro = < 3: Liberta-me


Se eu fizesse uma lista das dez coisas que mais me irritam em livros, mocinhas que lamentam demais, triângulos amorosos e escrita pretensiosa com certeza estariam entre os itens. Mas tudo depende da execução, como a parte dois do filme Amanhecer me mostrou, e mesmo contendo todos os defeitos enumerados acima, Liberta-me, de Tahereh Mafi, conseguiu atingir um nível de excelência bastante semelhante ao seu primeiro livro. [A partir daqui pode conter spoilers de Estilhaça-me.]

15 agosto 2013

Filminho de quinta: Confissões


O Japão é um país estranho. E não estranho do tipo “fascinante”, estranho do tipo estranho mesmo.

Pode soar um pouco xenofóbico, mas juro de pés juntos que não tenho nada contra japoneses – é só que seus hábitos, disposições e tiques me parecem muito mais distantes do que outras culturas menos divulgadas. O Japão não é só sushi, chá e animes. Há algo de sombrio e dramático em toda obra japonesa que já vi,que sinto que nunca chegarei a compreender por não compreender o povo japonês em si.

14 agosto 2013

Quarta-feira aleatória: 3 músicas de Daft Punk


É claro que eu gosto de música – qual o ser humano anormal que não gosta? Dos mais diversos gêneros, nacionalidades e tons, é impossível não encontrar um grupo ou outro que lhe agrade.

Mas ao contrário do que freqüentemente sou com a literatura, na música tenho pouco um espírito “escavador”, ou seja, não procuro coisas diferentes tanto assim. Me satisfaço com as sugestões automáticas do YouTube, as rádios ou indicações de amigos. Não passo horas em sites para bandas de garagem procurando um som de ouro ainda não representado por uma gravadora famosa, e não atendo aos freqüentes apelos de “por favor, me ouça! Spam é chato, mas me ouça!” nos top comentários do YouTube.



Por isso as minhas indicações aqui não são nada preciosas, as vezes até maistream demais – mas o que fazer? Daft Punk, com seu novo álbum, ocupou matérias e matérias de revistas e sites especializados nos últimos meses. Chego um pouquinho atrasada, mas me deixem falar o que curto desse tão peculiar duo:

11 agosto 2013

Domingo preguiçoso: Armaduras reais

Errr... Não.
Li esse texto aqui sobre armaduras em mulheres faz um tempinho, e é impressionante como podemos ser cegos para esse tipo de coisa, já interiorizada: eu nunca havia pensado sobre o fato de que algumas armaduras femininas fazem tudo, menos proteger.


O mesmo texto me levou a esse Tumblr, com fotos e desenhos maravilhosos de armaduras reais em mulheres. Essas daqui foram as minhas favoritas:

10 agosto 2013

Sábado + livro = < 3: Caçadores de bruxas



Minhas expectativas para o primeiro volume da trilogia Dragões de Éter, Caçadores de Bruxas, eram altas: eu já havia ouvido falar bastante de Raphael Draccon, e os elogios eram inúmeros. Iguais aos meus nessa resenha.

Vamos começar pelo narrador: geralmente desimportante quando não é um personagem do próprio livro, aqui esta lógica se inverte, com um contador de histórias onisciente nos narrando diversas aventuras paralelas de uma forma que atiça a curiosidade do leitor mais desinteressado. Como ele sabe de tudo? Como ele consegue fazer algo como dar “pausa” em um cenário parecer a coisa mais ordinária do mundo? As digressões são gigantescas, muitas vezes ininteligíveis e estranhas, mas cada uma delas é necessária para sabermos mais sobre os fascinantes personagens que habitam Nova Ether.

08 agosto 2013

Filminho de quinta: Idiocracia



Mais uma pra série coisas que me irritam na humanidade (mas que provavelmente faço também): complexo de superioridade. Embora possivelmente isso seja um problema mais freqüente na classe média brasileira do que na humanidade em si. [E aqui recorro a outra coisa que me irrita: dizer que alguma coisa é problema do Brasil. Bom, não somos perfeitos, e as fascinantes terras tupiniquins e a internet sem lei tem sido meu universo até agora, então não poderia falar com o mínimo de propriedade de qualquer outro povo.]

Dá nos nervos essa prepotência de que você sabe o que é certo, que seu voto é o correto, você é fã de verdade do livro X e interpretou-o corretamente. É o resto que é culpado pela eleição de políticos ruins, é o resto que não sabe o que está dizendo sobre o livro X e por aí vai. Irritante, irritante, irritante. A culpa é sempre dos outros.

07 agosto 2013

Quarta-feira aleatória: Continuum (série)



O tema das viagens no tempo habita as mentes dos escritores de ficção científica há décadas, mas ainda divide os grandes físicos quanto a sua possibilidade real e conseqüências. O velho paradoxo: e se eu voltasse no tempo e impedisse que meus avós se conhecessem?

04 agosto 2013

Domingo preguiçoso: o melhor comercial de absorventes que eu já vi

E sim, vocês não leram o título errado.

Publicitários que me desculpem, mas a proporção de comerciais inteligentes para comerciais completamente idiotas e irreais é bem injusta. Coisas "próprias para as mulheres" tem um tipo de idiotice particular e perigoso. Comerciais de absorventes não são o pior da lista, mas nuvens azuis e olhares inadequadamente insistentes de homens não são exatamente a melhor coisa do mundo para colocar na televisão. 

Até que lendo os comentários do blog de Lola encontro essa genial peça publicitária: Camp Gyno.

Feito exatamente para aquelas para quem menstruar é uma novidade (pré-adolescentes) Camp Gyno retrata a menstruação de uma forma real e engraçadinha. Infelizmente não achei o vídeo legendado, mas aí está a versão original:



Correndo o risco de soar vira lata, espero que importem esse tipo de publicidade para as terras tupiniquins.

03 agosto 2013

Sábado + livro + < 3: Linhagens


De forma geral, eu começo as resenhas com alguma reflexão que a obra em questão (seja livro ou filme) me trouxe.

Alguns, porém, não trazem reflexão nenhuma – o que é ruim – ou são tão completos em si próprios que não conseguem me fazer escrever mais nada do que o referente ao seu enredo, diálogos e narrativa – o que é bom, e é o caso de Linhagens, de Eleonor Hertzog. [Pode conter spoilers de Cisne a partir daqui.]

01 agosto 2013

Filminho de quinta: Toda forma de amor



Nós, temos uma necessidade geral de classificar as coisas, de estereotipar tudo, de encaixar toda nossa vida em um molde. É completamente compreensível: tudo é tão difícil, então porque não simplificar as coisas?
Pena que a vida não é tão simples assim.

É engraçado que eu não consiga classificar Toda forma de amor nem falar com precisão do filme porque justamente isso o tema central do filme: a nossa falha ao querer saber tudo.



Alguns meses depois da morte de sua esposa Hal “sai do armário”. Tudo parece ótimo: ele participa de grupos para direitos civis dos homossexuais, arruma um namorado e não enfrenta nenhuma resistência do único filho, Oliver. Pois é, uma parte das pessoas que assistiu Toda forma de amor meio que quebrou a cara aqui: o filme não é sobre a aceitação do filho a homossexualidade do pai. Oliver é bastante tranqüilo com isso – sua preocupação se resume a felicidade da mãe, agora questionada por ter sido casada durante décadas com um homem que não a desejava.