tag:blogger.com,1999:blog-64791887144845758862024-03-05T17:41:13.620-03:00DistopicamenteIsabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.comBlogger307125tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-87811851737172010072015-07-11T16:10:00.000-03:002015-07-15T16:10:51.606-03:00Maratona literária de inverno #2: semana um<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lEBEIKf-2zM" width="560"></iframe>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-19981017215376394852015-07-08T16:11:00.000-03:002015-07-15T16:11:42.709-03:00Série: Sense8<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/mx8nAXvkBWc" width="560"></iframe>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-77519629462500685402015-07-04T16:12:00.000-03:002015-07-15T16:12:33.524-03:00Maratona literária de inverno 2015 #1: o que eu vou ler?<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/b-lpgLj6YSI" width="560"></iframe>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-38297195813695880022015-05-12T11:21:00.003-03:002015-05-12T11:21:17.822-03:00Resenha: Não sou uma dessas, de Lena Dunham<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/OJrnsmslHXU" width="560"></iframe>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-21796743098692830282015-05-07T11:44:00.002-03:002015-05-07T11:44:52.436-03:00Resenha: A passagem, de Justin Cronin<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/a04q58niks4" width="560"></iframe>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-66592153742060856742015-03-04T07:00:00.000-03:002015-03-04T07:00:04.084-03:00A faca sutil (livro)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://vignette3.wikia.nocookie.net/fronteirasdouniverso/images/6/65/A_faca_sutil_livro_capa.png/revision/latest?cb=20110728200749&path-prefix=pt-br" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://vignette3.wikia.nocookie.net/fronteirasdouniverso/images/6/65/A_faca_sutil_livro_capa.png/revision/latest?cb=20110728200749&path-prefix=pt-br" height="640" width="444" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Aprendi cedo o valor de
um escritor que confia em seus leitores. A primeira dica foi a série
</span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desventuras em Série</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, na qual Lemony Snicket não hesita em
criar um mundo cheio de referências bem escondidas e informações
que muitos considerariam complexas demais para crianças. Depois,
ganhei de presente </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Harry Potter e a filosofia</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, que como muitos
manuais quase oportunistas, mostra como o pensamento de vários
filósofos está presente nas histórias do bruxinho.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por que é um fato que
leitores (mesmo queda mesma faixa etária) tenham vários níveis de
compreensão diferentes sobre a mesma obra. Um livro sozinho é só
um calhamaço de papel e tinta (ou algo ainda mais insignificante:
bytes na nuvem) e só se torna uma coisa de fato fantástica quando
misturado as várias experiências de seus leitores.
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A série <i>Fronteiras
do universo</i>, iniciada por <i>A bússola de ouro</i> (resenha
<a href="http://distopicamente.blogspot.com.br/2012/08/a-bussola-de-ouro-livro.html" target="_blank">aqui</a>) é um expoente fantástico disso. Phillip Pulmann não despreza
seu provável público (crianças e adolescentes) e insere questões
complexas sobre religião, o bem e o mal, não tão visíveis assim
no primeiro livro da série, mas essenciais em <i>A faca sutil</i>,
sua continuação.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">[A partir daqui,
teremos spoilers de<i> A bússola de ouro</i>.]</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em <i>A bússola de
ouro</i>, somos apresentados com um universo onde existem milhares e
milhares de mundos – todos eles com alguns detalhes em comum, mas
com pequenas diferenças que determinam fortemente os seus rumos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por isso, no início do
livro deixamos um pouquinho de lado a Oxford da destemida Lyra
Belacqua e vamos para um mundo bastante conhecido: o nosso. Nele,
vive Will, um garoto de doze anos que não conhece o seu pai e tem a
incrível responsabilidade de cuidar de uma mãe esquizofrênica.
Quando um trio de desconhecidos começa a persegui-la, porém, Will a
esconde na casa de uma amiga da família e decide tomar uma decisão
que fez parte da vida da maior parte das crianças: fugir de casa.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No caso do garoto a
fuga o leva a Oxford, onde ele encontra uma janela para outro mundo:
Citágazze, um decadente lugar de clima tropical sem adulto nenhum
por perto. Lá também está Lyra, que seguindo o seu pai, Lorde
Asriel, foi parar nesse estranho lugar onde as pessoas não tem
deamons e temem Espectros tanto quanto a Igreja de Lyra teme o Pó e
a nossa a maçã de Eva.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quem lê minhas
resenhas sabe que não sou fã de colocar literatura de
entretenimento “pensante” acima de livros feitos para pura
diversão, mas após a leitura de <i>A faca sutil</i>, percebi que
uma exceção seria bem vinda. A complexidade e as críticas
apresentadas em <i>Fronteiras do Universo</i> se expandem de um jeito
que deixaria George Martin babando de inveja, abrindo interpretações
e lados. Antes de tudo, também, uma guerra se inicia: uma guerra
contra a Autoridade, que quer destruir o malfadado pó – tudo que
há de ruim e questionador, a essência humana por si só.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Phillip Pulmann criou
um tipo de livro raro na literatura infanto-juvenil: <i>Fronteiras do
Universo </i>estimula o questionamento da autoridade, da religião e
de tudo que é geralmente visto como óbvio e imutável. Talvez por
isso a série não tenha feito devido sucesso e tenha sido até mesmo
perseguida em alguns países – uma pena, mas esperado. Mas seja
para pensar nas suas próprias crenças ou simplesmente mergulhar em
mundos paralelos por algumas horas, <i>A faca sutil </i>e os outros
livros da série são indicadissimos. </span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-21996307756942798242015-02-27T07:00:00.000-03:002015-02-27T07:00:06.920-03:00Broad city (série)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c7/Broad_City_Logo_2014-02-07_20-26.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/c7/Broad_City_Logo_2014-02-07_20-26.gif" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Se <i>Girls</i> e uma
miriade de outros seriados e filmes estiverem certos, a crise dos
vinte e cinco anos parece ser dramática. Ao mesmo tempo que se é
jovem o suficiente para que se admitam algumas irresponsabilidades e
erros, a sensação de não ter se construído nada (quando um terço
da vida já se passou) deve ser dolorosa.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://bedfordandbowery.com/wp-content/uploads/2014/01/broadcity_101_10.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://bedfordandbowery.com/wp-content/uploads/2014/01/broadcity_101_10.jpg" height="360" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas não é na dor
dessa idade que </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Broad City</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> se foca – na verdade, o seriado
trata os problemas dessa idade com um humor único e fabuloso. Abby e
Ilanna, nossas protagonistas, são duas amigas judias inseparáveis
morando em Nova Iorque.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas não há o glamour
de<i> Sex and the city</i>: as duas garotas estão sempre quebradas,
com dinheiro somente para as contas mais essenciais – e as vezes
nem isso. Abby é uma aspirante a artista, que trabalha como
faxineira em uma academia. Já Illana, bom... Illana não sabe muito
bem o que faz na empresa onde trabalha, ao menos não qualquer coisa
além de dormir nos banheiros e atazanar seus colegas de trabalho.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://comedycentral.mtvnimages.com/images/shows/broad_city/video/broadcity_103_working_girls_640x360.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://comedycentral.mtvnimages.com/images/shows/broad_city/video/broadcity_103_working_girls_640x360.jpg" height="360" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não há muito que eu
possa escrever sobre </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Broad City</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, não pelo medo de spoilers,
mas sim pelo fato de que cada episódio trata de um problema
diferente – todos eles mundanos e bastante comuns, mas tratados com
uma crueza, proximidade e humor que os tornam hilários.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://comedycentral.mtvnimages.com/images/shows/broad_city/video/broadcity_01_109_apartment_hunters_1920x1080.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://comedycentral.mtvnimages.com/images/shows/broad_city/video/broadcity_01_109_apartment_hunters_1920x1080.jpg" height="360" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Provavelmente a série
consegue ser assim pelo aspecto auto-biográfico: as autoras, que
também se chamam Abby e Illana, colocaram bastante de suas
experiências pessoais lá. As comparações com a série da HBO,
<i>Girls</i>, são bem batidas e previsíveis, mas ao mesmo tempo
inevitáveis: embora eu ame ambas as séries igualmente,<i> Broad
City</i> me ganha pela capacidade de Abby e Illana de rirem de si
mesmas, bastante diferente do frequente egocentrismo e construção
de personagem duvidosas de Lena Dunham.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://clickwatchwrite.com/wp-content/uploads/2014/03/Abbi-Ilana-BroadCity-finale.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://clickwatchwrite.com/wp-content/uploads/2014/03/Abbi-Ilana-BroadCity-finale.jpg" height="326" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">As garotas arrumam
trabalhos temporários bastante estranhos para irem a festas, se
metem em encontros pavorosos e percorrem Nova Iorque inteira através
de um telefone perdido, tudo isso resultando em diálogos
inteligentes e situações inusitadas. Todos os dramas pessoais de
Abby e Illana viram piada, fazendo o espectador perceber que a maior
parte das coisas pode ser tratada com simplicidade e leveza.</span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-91576688785560874842015-02-25T07:00:00.000-03:002015-02-25T07:00:04.289-03:00Em busca de WondLa (livro)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.amoraliteraria.com.br/wp-content/uploads/2013/10/em-busca-de-wondla.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.amoraliteraria.com.br/wp-content/uploads/2013/10/em-busca-de-wondla.jpg" height="640" width="444" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Já começando com a
minha promessa de ler mais ficção científica nesse ano, comecei a
minha leitura de <i>Em busca de WondLa</i>, uma série
infanto-juvenil que repousa na minha estante há bastante tempo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eva Nove não conhece
nada além do seu Santuário, onde vive com Mater, uma robô
designada para treiná-la em habilidades de sobrevivência. Ela nunca
conheceu outro ser humano ou criatura que não fosse Mater, e deseja
fortemente ver o mundo lá fora.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Muito
interessantemente, o autor escolheu não manter o mistério sobre o
que aconteceu com a humanidade: logo nos primeiros capítulos Eva tem
seu Santuário invadido e é obrigada a fugir, sem Mater. Rapidamente
a garota descobre que tudo que lhe foi ensinado é virtualmente
inútil – o mundo que ela é encontra é muito diferente da terra
que ela deveria esperar.Não estamos falando só da ausência de
humanos – vegetação e animais são completamente diferentes. Além
disso, ela está sendo perseguida por uma criatura chamada Feraptor,
que coleciona seres vivos e quer o espécime raro que é Eva em sua
coleção.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Em busca de WondLa
</i>progride basicamente como qualquer outro livro inicial de uma
série: o ambiente e os personagens nos são introduzidos, com o
autor fazendo bom proveito da ignorância de Eva sobre o planeta que
ela habita. Apesar de reconhecer um certo mérito na criatividade e
descrições do autor, eu não pude evitar um pouquinho de decepção:
mesmo o livro sendo um infanto-juvenil, eu esperava um mundo bem
melhor construído e com características diferentes. Mas pode ser
também a minha falta de costume com leituras de ficção científica
falando.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Através de Andrílio,
alienígena que se dispõe a ajudar a garota, conhecemos mais e mais
sobre o planeta e sua história, enquanto Eva foge de Feraptor. Como
um infanto juvenil que se preze, o gostinho de aventura inserido na
escrita rápida e sem complicações é simplesmente fabuloso,
confirmando a minha impressão de que livros desse gênero são para
todas as idades. As ilustrações (feitas pelo próprio autor) são
lindas e dão um aspecto magnífico ao livro, ajudando no processo de
imaginar as criaturas e paisagens ali descritas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com muitas pontas
soltas a se atar,<i> Em busca de WondLa </i>é um livro inicial de
série clássico, mas muito bem feito. </span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-13205618912250129162015-02-20T18:34:00.000-03:002015-02-20T18:34:57.190-03:005 dicas de escrita de Stephen King<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://noticias.gospelprime.com.br/files/2014/11/stephen-king.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://noticias.gospelprime.com.br/files/2014/11/stephen-king.jpg" height="408" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vários dos meus
leitores daqui do blog são escritores, e meus posts sobre a minha
própria escrita vem tido um retorno bastante interessante. Mas assim
como o Jon Snow, eu não sei de nada, e por isso hoje posto a coluna
dicas de escrita de (…), na qual compilarei dicas de alguns autores
que admiro e têm uma ou trinta coisas a nos ensinar. Hoje vamos ao
mestre do terror, Stephen King.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1. O primeiro rascunho
é para você. O segundo, para o público.</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dica clássica de sua
auto-biografia <i>On writing</i>. Segundo King (e alguns outros
escritores, como por exemplo, Holly Lisle – em seu curso de
revisão, ela repete isso várias vezes) primeiros rascunhos são
para erros, acertos acidentais e pura criatividade. Quando se inicia
a primeira revisão, porém (que deve ser a primeira de várias e
corrigir somente o aspecto “macro” da história) deve-se começar
a pensar no leitor. Aquilo que soava genial na sua cabeça nem
sempre está tão bom assim no papel. “Escreva com a porta fechada,
reescreva com a porta aberta.”</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>2. Você tem três
meses.</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Isso mesmo: o primeiro
rascunho de uma história não deve levar mais de três meses, mesmo
se você não for um escritor profissional. John Green utilizou uma
metáfora bem interessante para primeiros rascunhos: se escrever
fosse que nem esculpir, o primeiro rascunho seria somente colocar o
bloco de marmóre no lugar certo. Somente nas revisões você começar
a retirar o mármore do bloco de fato – e você não quer levar
mais de três meses para fazer isso, não é? Como os participantes
do NaNoWriMo (desafio que consiste na escrita de 50 mil palavras –
um livro curto/médio – no mês de novembro) provam todos os anos,
não é impossível fazer isso e ter uma vida normal. Alguns dos
participantes da edição de 2005 foram atingidos pelo furacão
Katrina e terminaram o desafio mesmo assim – então sem desculpas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>3. Televisão? Nem
pensar!</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">OK, eu tomo um
pouquinho de liberdade poética para interpretar essa dica. Segundo
King, se você está começando agora você deve se livrar de
qualquer distração que tome horas preciosas do seu dia – ele diz
a televisão, mas Netflix ou Tumblr também podem contar. Certo que
alguns seriados e filmes podem ajudar bastante na criatividade, mas
geralmente o poder de procrastinação oferecido por esses veículos
supera as possíveis boas ideias.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>4. Leia, leia, leia.</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Essa é a dica de dez
entre dez escritores, e em sua memória <i>On Writing,</i> King
enfatiza bastante isso. Segundo ele, um livro a cada quatro dias é
um ritmo bastante decente – e lembre sempre: se você não tem
tempo para ler, não tem tempo para ser um escritor.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>5. Não seja
pretensioso.</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sim, livros mudam o
mundo. Sim, livros mudam pessoas e salvam suas vidas inúmeras vezes.
Mas essa não deve ser sua preocupação primária ao escrever.
Escreva por que você gosta, por que é prazeroso e por que aquelas
palavras que você está colocando no papel são uma história que
você gostaria de ler.</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Dar uma de superman vem
depois.</span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-13404677925102969062015-02-18T07:00:00.000-03:002015-02-18T07:00:00.423-03:00A menina que semeava (livro)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.editoranovoconceito.com.br/media/upload/livro/livro/9788581632537.jpg.1000x1353_q85_crop.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.editoranovoconceito.com.br/media/upload/livro/livro/9788581632537.jpg.1000x1353_q85_crop.jpg" height="640" width="472" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">No auge da fama de</span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;"> A
culpa é das estrelas</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, muito se falou sobre a tal da sick-lit,
literatura que, teoricamente, utilizaria personagens com doenças
terminais sem muito pudor. Fora algumas tentativas de leituras de
romances melosos, tive a sorte de cair em um círculo de “sick-lits”
boas, que ao contrário do esperado, não definem os seus personagens
doentes por sua doença. </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">A menina que semeava</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> não quebrou
esse círculo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Chris tem uma relação
complicada com sua filha Becky, de catorze anos – mas ao contrário
do esperado, o problema não é a rebeldia da menina ou ausência do
pai, e sim a comparação (injusta) com o passado. Apenas quatro anos
antes, Chris ainda era casado com a mãe de Becky, todos eles moravam
na mesma casa e pai e filha viajavam diariamente para Tamarisk.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Paciente de um caso de
leucemia em remissão, Becky encontrou com o pai esta maravilhosa
maneira de aliviar um pouco seu sofrimento. O mundo de faz de conta
ganhou fauna e flora próprias, personagens e histórias fantásticas.
Esquecido por quatro anos, Tamarisk é relembrado por Becky quando
seu câncer volta a aparecer. E, assim como ela, o mundo de suas
histórias está morrendo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desde o início de<i> A
menina que semeava</i>, Tamarisk não me convenceu muito. O mundo de
fantasia é bem desenvolvido e tem bastante lógica, espelhando as
expectativas e vida de uma garota como Becky, mas não me tocou ou me
deu vontade de viajar para lá. Acho que foi uma particularidade
minha, porém: Lou Arnica descreve o planeta de folhas azuis e
animais fantásticos muito bem.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Além disso, as
analogias para a vida de Becky encontradas em Tamarisk são muitas,
mas não óbvias o suficiente para duvidar da inteligência do
leitor. A única que fica evidente desde o começo é o problema da
terra de faz de conta com o qual Becky se depara: Tamarisk, um lugar
cuja economia se baseia na agricultura, está infectado por uma
praga, assim como o corpo da menina. Cabe a ela e mais tarde ao pai,
um biólogo e geneticista, ajudar a rainha Miea a lidar com aquilo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas acho que tudo fica
em segundo plano quando consideramos a história de fato do livro: a
relação entre pai e filha. Já ralhei inúmeras vezes aqui no blog
pedindo por histórias escritas para jovens que narrassem
relacionamentos não-românticos – na maior parte dos casos,
família e amigos ficam de lado – e <i>A menina que semeava</i>
atende a esse pedido. Chris viveu sua vida pela filha e faria tudo
por ela (um laço tão forte que ironicamente contribuiu para o fim
de seu casamento) e não aceita muito bem a distância imposta pelo
divórcio da mãe da garota e pelo natural crescimento dela. Com a
volta da doença e a descoberta da possibilidade de viagens à
Tamarisk, os laços se estreitam de novo, de uma forma bela e real o
suficiente para arrancar de mim algumas lágrimas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com tudo isso dito,
faltaram somente alguns pontos para <i>A menina que semeava </i>ser
excelente. Preocupado com o desenvolvimento da confusão mental de
Chris, o autor deixa Becky de lado, tratando-a somente como uma
adolescente comum e chata na primeira parte – erro fatal em livros
desse gênero e que foi compensado na segunda metade, mas ainda me
irritou bastante. Além disso, como eu já disse, Tamarisk não me
convenceu: estando acostumada a visitar mundos de fantasia eu mesma,
preciso de algo mais substancial e inovador.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não posso deixar de
mencionar o descuido da editora: a tradução é um pouco preguiçosa
e os últimos capítulos têm mais erros de digitação, pontuação
e até mesmo de gramática do que eu posso contar. Isso não tira os
méritos de <i>A menina que semeava</i>, uma bela história de
narrativa ágil.</span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-33797698510270885922015-02-16T07:00:00.000-03:002015-02-16T07:00:09.915-03:00Tiny furniture (filme)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://media.ifcfilms.com/images/films/film-detail-topper-image/tiny-furniture_970x390.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.ifcfilms.com/images/films/film-detail-topper-image/tiny-furniture_970x390.jpg" height="256" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Para os não
habituados, o estilo da atriz e criadora de <i>Girls</i>, Lena
Dunham, pode ser um pouco chocante. Além de não corresponder nem de
longe aos padrões estéticos televisivos, Lena não tem muito apreço
pelas convenções sociais e adora um bom oversharing – ou seja,
compartilhar com os outros detalhes da sua vida considerados
desnecessários pela maioria. E é isso que a faz fantástica.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gosto muito da série
<i>Girls</i>: embora algumas situações (como, por exemplo, a
suposta falta de dinheiro das personagens ser magicamente resolvida
de um episódio para o outro) sejam ireais, esse tom extremamente
pessoal de Lena me agrada. <i>Tiny furniture</i>, o filme indie que a
lançou para o sucesso, não é muito diferente – embora me faça
crer o oversharing é o único truque que Lena Dunham tem na manga.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4ncd8s0vA1r4aa4yo1_r2_250.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://31.media.tumblr.com/tumblr_m4ncd8s0vA1r4aa4yo1_r2_250.gif" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
</div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Recém formada, Aura,
como muitos jovens americanos, não tem nenhuma expectativa de
emprego na sua área – especificamente, cinema. Ela volta, então,
para a casa de sua mãe (uma famosa fotógrafa) em Nova Iorque, sem
muitas expectativas para o futuro.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://41.media.tumblr.com/tumblr_m4amngEhWq1qbqac0o1_500.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://41.media.tumblr.com/tumblr_m4amngEhWq1qbqac0o1_500.png" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://36.media.tumblr.com/tumblr_m4amngEhWq1qbqac0o2_500.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://36.media.tumblr.com/tumblr_m4amngEhWq1qbqac0o2_500.png" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em um filme indie
comum, espera-se um roteiro um pouco semelhante com a sessão da
tarde, mas mais cru e real: Aura provavelmente encontraria novos
amigos meio loucos, perderia todo o seu dinheiro e sairia em uma road
trip pelo país inteiro, culminando em um emprego perfeito e bem
pago. Mas no bom estilo de Lena Dunham, tudo que ocorre passa só um
pouco da linha do mediocre. Aura tem problemas de adaptação com a
mãe e a irmã prodígio; reencontra uma velha amiga de escola e fica
afim de um cara que só quer ter um lugar para ficar de graça em
Nova Iorque. O final não traz todas as respostas, e sim mais uma
dúzia de perguntas que se juntam no balaio com as dúvidas e erros
antigos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://40.media.tumblr.com/a5153203fb231cdd0857db4aa860195c/tumblr_mgfftxVlbI1s23wuto1_500.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://40.media.tumblr.com/a5153203fb231cdd0857db4aa860195c/tumblr_mgfftxVlbI1s23wuto1_500.png" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://36.media.tumblr.com/3369e682c0e9100fd36d792a2eb538eb/tumblr_mgfftxVlbI1s23wuto2_r1_500.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://36.media.tumblr.com/3369e682c0e9100fd36d792a2eb538eb/tumblr_mgfftxVlbI1s23wuto2_r1_500.png" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas para quem assiste
<i>Girls</i> as reflexões e inovações trazidas pelo filme não
serão grande coisa. Sim, é claro que duas obras feitas e estreladas
pela mesma criadora irão apresentar semelhanças, mas a obsessão de
Lena Dunham com situações auto-biográficas tem seu preço. Aura e
Hannah, a protagonista de <i>Girls</i>, tem personalidades
extremamente semelhantes, assim como os personagens secundários.
Gosto dessa coragem que Lena tem de se expor, de mostrar seus
problemas presentes e passados e mostrar suas feridas – mas uma
variação um pouco maior seria bem vinda e esperada antes de que
esse oversharing seja confundido com egocentrismo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os diálogos
inteligentes e as situações tragicômicas, porém, transformam <i>Tiny
Furniture</i> em uma peça de humor inteligente, que celebra a
chatice do dia a dia e dá tapinhas nas costas do espectador, como
quem diz “é, amigo, é difícil ter vinte e poucos anos e não
saber o que fazer da vida”. </span></div>
<div>
<br /></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-51544219145812460342015-02-15T07:00:00.000-03:002015-02-15T07:00:00.265-03:00Domingo preguiçoso: David Bowie por Seu Jorge<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://www.slate.com/content/dam/slate/blogs/browbeat/2011/09/29/hugo_chavez_caption_contest/Bowie_Hairstyle_GIF.gif.CROP.original-original.gif" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="http://www.slate.com/content/dam/slate/blogs/browbeat/2011/09/29/hugo_chavez_caption_contest/Bowie_Hairstyle_GIF.gif.CROP.original-original.gif" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Esse GIF. Ah, esse gif, amigos. Agora saiam da hipnose e vão ler o post.</i></span></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Adoro David Bowie, e
como qualquer fã que se preze, tendo a torcer o nariz para a maior
parte dos covers e me manter longe de versões. Estas, porém, feitas
por Seu Jorge (artista que não desgosto, mas também não ligo muito
para esse) estão tão fantásticas que merecem um cantinho aqui no
Domingo Preguiçoso. Seguem minhas favoritas:</span><br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">[A minha queridinha de David Bowie, <a href="https://i.ytimg.com/vi/cYMCLz5PQVw/mqdefault.jpg" target="_blank">Space Oddity</a>, infelizmente não ficou tão boa :( ]</span></div>
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/UvhGvxuOREw" width="420"></iframe><br />
<br />
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/GzkXuHu-xYc" width="560"></iframe>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="//www.youtube.com/embed/cn-L7FTfGzg" width="420"></iframe>
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ouça o álbum inteiro <a href="https://www.youtube.com/watch?v=C-1mYXVP1Ok" target="_blank">aqui</a>.</span>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-27256241369030730872015-02-13T07:00:00.000-03:002015-02-13T07:00:03.168-03:00The night shift (série)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://ib.huluim.com/show_key_art/17943?size=1600x600&region=US" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://ib.huluim.com/show_key_art/17943?size=1600x600&region=US" height="240" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sempre falta um
pouquinho de realidade nas séries médicas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não falo muito em
termos de diagnósticos e cura – disso dificilmente posso falar –
mas sim em coisas práticas. Mesmo nos melhores hospitais do mundo,
dificilmente um House teria um caso só por vez. E o que falar das
instalações de luxo de <i>Red band society</i> – hospital no qual
nunca se ouviu a frase “você tem seguro de saúde?”.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://bestofthenext.com/file/attachment/2014/06/84e4397749cae699c77653725d01c2f9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://bestofthenext.com/file/attachment/2014/06/84e4397749cae699c77653725d01c2f9.jpg" height="360" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Em <i>The Night Shift,</i>
porém, os médicos esbarram com esse probleminha chamado realidade
mais ou menos o tempo todo. Localizado em San Antonio, no Texas, o
hospital no qual a série se passa é a única unidade de trauma na
região, passa por uma situação financeira difícil e tem no
exército o seu principal fornecedor de médicos. Para complicar a
situação mais um pouquinho, não seguimos um turno normal, e sim o
da noite, com acidentes mais complicados e expectativas mais altas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O chefão do turno,
Michael Ragosa, passa por serios problemas pessoais e por um dilema
profissional muito grave: como administrar um orçamento tão
apertado sem perder a humanidade, decidindo quem é tratado ou não?
Ragosa, por não ser médico, não é muito respeitado por alguns de
seus subordinados – principalmente pelo Dr.TC Callahan, um
ex-oficial complicado que apresenta sintomas de transtorno
pós-traumático.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.malecelebnews.com/wp-content/images/2014/06/Brendan-Fehr-in-The-Night-Shift-Episode-1.03-140618-02.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.malecelebnews.com/wp-content/images/2014/06/Brendan-Fehr-in-The-Night-Shift-Episode-1.03-140618-02.jpg" height="420" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A parte de ex-membros
do exército americano estarem envolvidos como personagens na série
me deixou com um pé atrás: sinceramente, não tenho nenhuma
paciência com esse papinho patriótico de que os soldados americanos
estão somente defendendo a liberdade do seu país, enquanto estes
massacram populações de países pobres em intervenções que pouco
bem faz as mesmas ou ao mundo de forma geral. Felizmente, <i>The
Night Shift</i> trata a ida a guerra de uma forma muito mais
particular, não explorando os motivos políticos, e sim as
consequências que as temporadas no Iraque ou no Afeganistão
trouxeram.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i1.cdnds.net/14/27/618x411/ustv-the-night-shift-season-1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i1.cdnds.net/14/27/618x411/ustv-the-night-shift-season-1.jpg" height="424" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Entre outros que
combateram nas guerras estão Topher, melhor amigo de TC e alívio
cômico do seriado; e Drew, responsável principal pelos novos
residentes, Paul e Krista. Enquanto Krista é um poço de
auto-confiança e se encaixa muito bem no ambiente do hospital, Paul
é cheio de medos e dúvidas, demonstrando várias vezes só exercer
a medicina por pressão familiar.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/files/2013/05/S1TNS-2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/files/2013/05/S1TNS-2.jpg" height="426" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E como supervisora
temos Jordan, uma médica habilidosa e que sabe lidar muito bem com
seus ex-oficiais médicos provavelmente por ter convivido com um –
o seu relacionamento com TC já acabou quando a série começa, mas
ainda resta um forte laço entre eles. Recém saída do turno do dia,
Jordan tem algumas dificuldades bem grandes em lidar com todas as
responsabilidades que o turno da noite traz.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT86oNYMwVVo1rF_9B25PW6UJOKg3J9NkaIB7thyHJt2OTNulwe" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="362" src="https://encrypted-tbn3.gstatic.com/images?q=tbn:ANd9GcT86oNYMwVVo1rF_9B25PW6UJOKg3J9NkaIB7thyHJt2OTNulwe" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Os dramas entre os
médicos são bem desenvolvidos, mas não ocupam a cena o tempo
inteiro como em outras séries do gênero – um ponto positivo. Já
falando dos casos, eles não são tão misteriosos ou fascinantes
como em House, mas não deixam de ter o fascínio que geralmente
exercem. Se séries médicas são sua praia, não deixe de conferir
<i>The Night Shift</i>. </span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-27541282237077198182015-02-11T07:00:00.000-03:002015-02-11T07:00:03.916-03:00O senhor das moscas (livro)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cafecomwhisky.com.br/wp-content/uploads/2012/03/osenhordasmoscas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cafecomwhisky.com.br/wp-content/uploads/2012/03/osenhordasmoscas.jpg" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Crianças são
criaturas curiosas. Eu particularmente desprezo a lógica sob a qual
elas são anjinhos de luz, inocentes e sem as corrupções do mundo
adulto – os pequenos podem ser cruéis e vis a sua própria maneira
– mas é fascinante as personalidades únicas que, sem as barreiras
sociais impostas, os pequenos desenvolvem.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>O senhor das moscas
</i>talvez seja uma história sobre personalidades infantis,
diferentes e conflitantes, convivendo em uma situação limite. Cada
um de nossos protagonistas tem um defeito mortal e uma qualidade que
se sobressai: há Porquinho, inteligente, mas que se curva facilmente
aos outros; Jack, um excelente líder, mas com sede de poder demais e
Ralph, que sofre do mesmo defeito e tem como qualidade sua
racionalidade.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fora Jack e seus
asseclas (no mundo de antes, ele era o líder de um coro religioso
disciplinado), nenhum dos garotos se conhecia antes. Todos eles foram
parte da mesma queda de um avião que saiu da Grã-Bretenha em uma
evacuação de emergência graças a uma guerra nuclear. A
personalidade de Ralph – que chama todos os garotos (alguns bem
novos, com cerca de seis anos) assoprando uma concha – logo se
sobressai, e as sugestões de manter uma fogueira acesa e viver da
colheita das abundantes frutas da ilha agrada à maioria. Jack,
porém, decide que ele e seu coro serão caçadores, e em acordo, os
dois grupos se dividem.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Enquanto Jack falha em
conseguir caçar um porco selvagem sequer, Ralph também tem suas
dificuldades: indisciplinados, a maioria dos meninos (sobretudo os
mais novos) abandonam os trabalhos de construir abrigos e vivem
brincando e colhendo frutas – num excesso tão grande que vivem
doentes. A tarefa de manter a fogueira acesa, delegada aos caçadores
de Jack, também é falha, fazendo com que eles percam oportunidades
de resgate.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na minha breve passagem
pela Inglaterra, me impressionei demais com a civilidade dos
ingleses, o seu respeito pelas instituições e coletividade tão
grande que, como qualquer boa característica de um país, acaba se
tornando também defeito e fraqueza. Os garotos tentam, de forma
muito falha, reproduzir o mínimo da civilização da qual vieram na
ilha, mas nem mesmo a poderosa liderança de Ralph e a inteligência
de Porquinho conseguem conter o caos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Além disso, por tratar
da formação de uma sociedade, <i>O senhor das moscas</i> toca
também na superstição: para evitar encararem uns aos outros como
monstros, os garotos começam a imaginar um inimigo externo, que
habita a ilha e parece ter levado já alguns deles. O medo leva à
barbárie, talvez o grande tema de verdade de <i>O senhor das moscas</i>.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vista por uma ótica
quase infantil de suas personagens, <i>O senhor das moscas</i> é uma
leitura fluida, porém extremamente desconcertante e até mesmo
desagradável. É incrível – de uma forma ruim – pensar até
onde podemos ir para a sobrevivência, e como todas as noções
morais nos ensinadas pela cultura podem cair por terra em uma
situação limite. Um bando de garotos e uma ilha, são esses os
elementos formadores de <i>O senhor das moscas</i>, e é por sua
simplicidade que o livro me ganhou, me deixando a pensar sobre os
elementos do mesmo dias e dias após a leitura. Com isso, estou com o
prefacista da obra: é o último livro que eu gostaria de levar para
uma ilha deserta.</span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-9446687744879014862015-02-10T12:34:00.002-03:002015-02-10T12:34:29.174-03:00Projeto midseason #4: Backstrom, Allegiance e Better call Saul<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Xqm2qBxkSOM" width="560"></iframe>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-34223087967954628042015-02-09T07:00:00.000-03:002015-02-09T07:00:03.628-03:00Vida de adulto (filme)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cdn2.soundtrackmania.com/wp-content/uploads/2014/02/wide-adult-world.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cdn2.soundtrackmania.com/wp-content/uploads/2014/02/wide-adult-world.jpg" height="386" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Neil Gaiman disse: “se
você esperar inspiração para escrever, poderá até ser um poeta
decente, mas nunca será um romancista”.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">E isso me parece ter um
fundo bem grande de verdade. Ao passo que romances são feitos de
sangue, suor e lágrimas do autor, a poesia tem de ser inspirada e
sair de dentro. Suponho que Drummond não cumprisse prazos de
editores – e nem deveria: submeter sua criatividade poética ao
tempo tiraria um pouquinho de sua grandeza.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Amy, porém, apesar do
fato de ter estudado a sua vida inteira para ser uma poeta, parece
ter esquecido disso. A matéria-prima da arte – viver – lhe
falta, e ao se formar na faculdade, ela se vê desempregada e sem
nenhuma publicação no currículo. Na verdade, é um pouquinho pior:
ela foi rejeitada por todas as revistas e coletâneas para as quais
mandou a sua poesia, gastando em inscrições de concursos literários
parte dos seus empréstimos</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> estudantis.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://images.latinospost.com/data/images/full/17942/movies-adult-world.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://images.latinospost.com/data/images/full/17942/movies-adult-world.jpg" height="360" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sem mais fundos de seus
pais e convidada a sair da sua própria casa, Amy arruma um emprego
como vendedora numa sex shop e procura refúgio em uma nova amiga,
uma artista perfomática chamada Rubia. Rubia insiste que Amy consiga
um mentor, alguém que lhe ajude com contatos e melhora de poesia –
e depois de alguma insistência, seu poeta favorito – Rat Billings,
que não produz nada aclamado desde a adolescência – a aceita como
protegida.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A todo jovem artista
uma pergunta é constante: eu sou bom o suficiente? Particularmente,
me pergunto isso diariamente, enquanto navego pelas páginas de uma
revisão que parece que nunca vai terminar, ou tenho dificuldades
enormes em preencher falhas no enredo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://cdn2-b.examiner.com/sites/default/files/styles/image_content_width/hash/59/b6/59b664ddd4e76d305d05f5c8a2f6504f.jpg?itok=NC4c4j5f" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://cdn2-b.examiner.com/sites/default/files/styles/image_content_width/hash/59/b6/59b664ddd4e76d305d05f5c8a2f6504f.jpg?itok=NC4c4j5f" height="360" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O erro de Amy talvez
seja não duvidar de si mesmo literalmente nunca – a garota é
ingênua e pretensiosa demais, achando que a grandeza, para um poeta,
só pode ser alcançada até os vinte e dois – afinal, qual a graça
de ser publicado se você não é um jovem prodígio?</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>Vida de adulto</i> é
uma comédia leve, que no estilo de <i>Pequena Miss Sunshine</i>, nos
mostra que finais felizes não podem e não devem ser unânimes no
cinema.</span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-33552662886751291902015-02-08T07:00:00.000-03:002015-02-08T07:00:03.838-03:00Domingo preguiçoso: Writing Majors (websérie)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.ytimg.com/vi/3uY852q5Sn4/hqdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.ytimg.com/vi/3uY852q5Sn4/hqdefault.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Como seriam os
escritores clássicos caso vivessem no século XXI? A websérie
Writing Majors tenta responder isso: no formato de vlog, ela mostra o
cotidiano de Jane, Oscar e Emily – ou, respectivamente, Jane
Austen, Oscar Wilde e Emily Dickens – estudantes de escrita
criativa nos anos de hoje. A websérie ainda tem poucos episódios,
mas já nos apresentou personagens novos como F.Scott Fitzgerald (o
cara de </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">O grande Gatsby</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">) e tem bastante potencial.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ZTNd2Zfk9m4" width="560"></iframe>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-65671573324589220952015-02-06T07:00:00.000-03:002015-02-06T07:00:07.765-03:005 dicas de escrita de Scott Westerfeld<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://scottwesterfeld.com/wp/wp-content/uploads/2012/01/westerfeld450.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://scottwesterfeld.com/wp/wp-content/uploads/2012/01/westerfeld450.jpg" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Vários dos meus
leitores daqui do blog são escritores, e meus posts sobre a minha
própria escrita vem tido um retorno bastante interessante. Mas assim
como o Jon Snow, eu não sei de nada, e por isso hoje inauguro uma
categoria nova: dicas de escrita de (…), na qual compilarei dicas
de alguns autores que admiro e têm uma ou trinta coisas a nos
ensinar. Começo hoje com Scott Westerfeld, que me apresentou a
distopia com sua série <i>Feios</i> e também escreveu o bastante
esperado e meio metalinguistico <i>Afterworlds</i>. Preferi explicar
o que entendi das dicas com minhas próprias palavras, uma citação
ou outra inclusa. As fontes estarão no final do post.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>1. Desenvolva suas
ideias através de diálogo</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Acontece com
frequência: eu tenho uma ideia, mas não faço ideia nenhuma de como
desenvolve-la. Como boa escritora distopica que sou, a minha musa
sempre me dá ideias de mundos e personagens, nunca de conflito, e
isso é um problema gigantesco: como escrever uma história sem
conflito?</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Scott tem para isso uma
solução: faça um brainstorming, mas só com diálogo entre seus
personagens. Diálogo dá bastante espaço para explicações sobre a
história (o que nem sempre é tão necessário assim no começo do
planejamento de um livro) mas dá mais espaço ainda para o
desenvolvimento de um conflito interpersonagens. A partir daí, é só
escrever a história em sim. Mas lembrando: só diálogo. Não caia
em tentações descritivas.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>2. Escreva cenas
alternativas</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Olá, muito prazer. Eu
sou especialista mundial em quebrar esta dica, e acho que todos
aspirantes a escritor são – mas fazer o quê, certo?</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pintores e desenhistas
de forma geral podem fazer dezenas de testes antes de desenharem ou
pintarem a sua obra final – e por que nós escritores não fazemos
o mesmo? Já me deparei muitas vezes em dúvida sobre o melhor final
para a história X ou Y, ou nem mesmo isso – vários
desenvolvimentos importantes já me fizeram perder o sono – e
escrever cenas alternativas mostrando esse tal desenvolvimento
poderia ter me poupado dores de cabeça enormes. Vamos lá, sem
preguiça, pessoal.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>3. A janela de quatro
horas</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Certo, quatro horas é
meio irreal... Mas a dica de Westerfeld (que na verdade, foi meio que
copiada de um escritor chamado Chandler) para desenvolver disciplina
de escrita é fabulosa: separe, de acordo com sua disponibilidade, um
tempo de seu dia (sim, é difícil fazer isso diariamente, porém não
se desenvolve nas artes sem disciplina e um certo sacrifício) para
escrever. Durante aquele tempo, você pode até não escrever caso
não esteja muito a fim – mas também você não pode fazer nada
mais de produtivo. Tudo bem olhar pro teto ou pela janela, mas nada
de ler, assistir séries na netflix ou adiantar aquele trabalho que
está esperando. Você provavelmente vai ser tão consumido pelo
tédio que sua criatividade vai se aflorar e aquele documento em
branco parecerá bem convidativo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>4. E para disciplina
também, é importante criar rituais</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b><br /></b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É, talvez não seja a
melhor coisa do mundo eu ter escolhido, de várias dicas de Scott
Westerfeld, duas falando sobre disciplina de escrita – mas é por
que não dá para falar o bastante sobre como isso é importante,
importantíssimo, principalmente pra quem quer ser escritor
profissional. Depois de separar esse tempinho diário que falamos
acima e fazer um acordo com você mesmo de usar aquela horinha SÓ e
somente SÓ para escrever (sendo incêndios e idas ao hospital as
únicas razões pelas quais você deveria quebrar essa regra) também
é legal criar rituais, pequenas ações que mostrem ao seu cérebro
que é hora de escrever. No meu caso, eu arrumo minha mesa e encho
minha garrafinha d'água, mas tomar um café, checar rapidamente os
seus e-mails ou ler algumas páginas de um livro “inspiracional” (dica: esse clássico <a href="https://www.youtube.com/watch?v=8tdAAFC8HHs" target="_blank">aqui </a>ou talvez <a href="https://www.youtube.com/watch?v=3ResTHKVxf4" target="_blank">esse</a>) são opções válidas. Só não escolha um ritual que seja um poço
de procrastinação e desafie o seu auto-controle, como Tumblr,
Facebook ou assistir TV.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><b>5. Termine tudo</b></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Eu ainda tenho que
ensinar a mim mesma o valor dessa dica. Recentemente, tenho levado
todos os meus projetos de escrita até o fim, mas Scott Westerfeld me
deixou um tiquinho culpada por ter abandonado alguns anos atrás. O
fato é que todo escritor (inclusive o Neil Gaiman, como ele disse
nessa Pep Talk <a href="http://nanowrimo.org/pep-talks/neil-gaiman" target="_blank">aqui</a>) acha o seu livro uma porcaria por pelo menos
metade do tempo de produção. E isso é OK. Isso é normal, e é bem
possível que o livro seja de fato uma porcaria. Mas a maioria dos
defeitos provavelmente têm conserto (olá, revisão!) e mesmo se
não, a escrita daquela obra em especial vai te fazer aprender alguma
coisa que você não aprenderia com outro projeto.
</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Desistir não é uma
opção, pequeno Padawan.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<a href="http://scottwesterfeld.com/blog/2013/11/nanowrimo/" target="_blank"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Fonte das dicas</span></a></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-42536689003674836652015-02-05T12:48:00.002-03:002015-02-05T12:48:55.073-03:00Resenha: The interrogation of Ashala Wolf<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/qptTyLoj0-o" width="560"></iframe>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-17835062817611483962015-02-04T07:00:00.000-03:002015-02-04T07:00:05.309-03:00A sociedade do anel (livro)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://nerdandstuff.files.wordpress.com/2012/07/senhor-dos-aneis-a-sociedade-do-anel.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://nerdandstuff.files.wordpress.com/2012/07/senhor-dos-aneis-a-sociedade-do-anel.jpg" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Gostar de um livro e
reconhecer suas qualidades são coisas bastante diferentes – eu não
gostei muito da leitura de </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">O processo</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, por exemplo, mas sei
que é uma grande obra. Até então também vinha fazendo isso com o
queridinho de dez entre dez loucos por fantasia, Tolkien, mas talvez
eu precise mudar um pouquinho esse status.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Comprei a coleção
completa de <i>O senhor dos anéis</i> há alguns anos: graças a uma
conhecida no Orkut (!!!) fiquei sabendo do maravilhoso mundo de
promoções do Submarino e arrebatando a trilogia, <i>O hobbit</i> e
o <i>Silmarillion </i>por um preço que antes me pareceria
impossível. Desde então, foram várias a tentativas de leitura da
história que eu conhecia vagamente graças aos filmes (assistidos
com minha mãe na não tão saudosa época dos videocassetes –
tente “rebobinar” três horas de película), nenhuma levada até
o fim.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Excesso de descrição
e passagens enfadonhas – aquelas nas quais os hobbits cantam e
declamam poesia – estavam dentre os defeitos por mim detectados.
Agora, alguns anos depois, mudo de ideia, mas não completamente.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><i>A sociedade do anel
</i>é a história de Frodo Bolseiro – recém-saído da
adolescência, o hobbit vive debaixo das asas de seu tio, Bilbo,
excêntrico e podre de rico. As descrições do início do livro me
deram vontade de ser uma hobbit: as criaturinhas vivem para comer,
jardinar, beber e depois comer um pouquinho mais.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Na sua magnífica festa
de aniversário, Bilbo, porém, desaparece para sempre, deixando tudo
que tem para Frodo. A maior parte da herança (que inclui uma casa
bem grande e atulhada de coisas em uma parte bem agradável do
Condado, onde vivem hobbits) é bem-vinda, mas um pequeno objeto faz
uma diferença imensa: um anel, ou melhor, o anel.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Ignorado durante anos,
ele não trouxe muito mais do que um leve desconforto para Frodo.
Sauron, o senhor das trevas e terror de toda a Terra Média (e que
para os hobbits não passa de uma lenda distante) está acordando, e
quer o anel para poder governar com ainda mais força. Isto obriga
Frodo a sair do Condado o mais rápido possível – afinal, ele não
quer ver seu amado e tranquilo lar destruído pelos asseclas de
Sauron.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Depois do jeito com que
Tolkien escreve (descrevendo sempre mais do que é realmente
necessário) esse conceito abstrato de mal foi o que mais me
incomodou. Eu entendo a necessidade de existir uma dualidade e
maniqueísmo em alguns tipos de história como<i> A sociedade do anel</i>
– só não curto lê-las. Me agradam os tons de cinza.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Isso se manifesta
também nos personagens: embora alguns lutem contra a sede de poder,
ela é sempre causada pelo anel e sua influência maléfica, e nunca
por falha de caráter ou defeito. É bem fácil definir lados, dizer
quem é bom e quem é mau. Eu gosto dos personagens imperfeitos de
George Martin, por exemplo, que demonstram virtudes leves e defeitos
mortais ao mesmo tempo, com meios que justificam os fins e humanidade
a flor da pele.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Com isso dito, não
posso negar: <i>A sociedade do anel </i>é uma história fascinante.
Começando com um gostinho de aventura inocente – principalmente
por causa das companhias de Frodo, os fieis hobbits Sam, Merry e
Pippin – Tolkien vai nos levando mais e mais para dentro da Terra
Média, descrições inúteis à parte ou não. As criaturas e lendas
apresentadas em <i>O senhor dos anéis </i>já eram vagamente minhas
conhecidas graças a referências na cultura pop, e revisitá-las foi
ótimo.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não incluo <i>A
sociedade do anel </i>em minha lista de favoritos, mas</span><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> sua
continuação, </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">As duas torres</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, está na minha lista de
leituras em um futuro próximo: quero visitar a Terra Média de novo
o mais rápido possível.</span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-80778657495279946122015-02-03T10:36:00.004-03:002015-02-03T10:36:53.430-03:00The 100 (série)<iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/0pQyLI4NdR8" width="560"></iframe><br />
<br />
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Só para constar, essa é minha 300ª postagem aqui no Distopicamente, YAY!</span>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-8475692860036308242015-02-02T07:00:00.000-03:002015-02-02T07:00:02.461-03:00Pride (filme)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://assets.iwannawatch.to/wp-content/uploads/2014/12/Pride-2014.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://assets.iwannawatch.to/wp-content/uploads/2014/12/Pride-2014.jpeg" height="640" width="434" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">A falta de união entre
os movimentos sociais é uma coisa que ao mesmo tempo que me parece
culpa de ninguém, me parece culpa de todo mundo. Mesmo que o
discurso seja de igualdade (e é) nunca é fácil confraternizar com
o “inimigo”, com o opressor, com aquela pessoa que agora precisa
de ajuda, mas em outra ocasião facilmente te desprezaria.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://i.ytimg.com/vi/fIh0v7nQcXw/maxresdefault.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://i.ytimg.com/vi/fIh0v7nQcXw/maxresdefault.jpg" height="360" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">É nessas questões que
Mark, um dos protagonistas de </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pride</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">, esbarra. O ano é 1984, e
a Inglaterra sofre com um período extremamente conturbado: os
mineiros ingleses sofrem nas mãos de Margaret Tatcher, a dama de
ferro, que recusa-se a ceder um milímetro que seja nas revindicações
desses trabalhores. A escolha, em muitas pequenas cidades dependentes
da mineração, parece bem simples – ou furar a greve ou morrer de
fome.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mark, gay e ativista em
Londres, percebe que a polícia não está mais invadindo seus clubes
ou perseguindo homossexuais por uma só razão: eles estão ocupados
demais com os grevistas. Junto com seus amigos e o recém-chegado e
no armário Joe, ele começa um pequeno grupo de apoio aos mineiros,
o LGSM, arrecadando, só na parada gay de Londres, duzentas libras –
bastante dinheiro na época.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.filmoria.co.uk/wp-content/uploads/2014/09/Dominic-West-Imelda-Staun-011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.filmoria.co.uk/wp-content/uploads/2014/09/Dominic-West-Imelda-Staun-011.jpg" height="384" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Mas as coisas não eram
tão fáceis assim: muitos provindos de cidadezinhas de mineração,
os amigos gays e lésbicas de Mark se recusam a participar do grupo,
lembrando de todas as agressões físicas e verbais que sofriam. Do
outro lado também não há muita tolerância: ao procurar uma
entidade ou sindicato para o qual destinar suas doações, o LGSM
sempre é ignorado. Segundo alguns críticos britânicos, os mineiros
eram, fora Tatcher e seus cupinchas, provavelmente o grupo mais
homofóbico da sociedade inglesa da época.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Quase que por acidente,
a pequena cidade galesa de Dulais aceita o apoio do LGSM. A
comemoração dos membros do grupo não dura muito, porém: como era
de se esperar, ao visitar a cidadezinha, eles encontram uma
resistência gigantesca.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.vancouversun.com/entertainment/movie-guide/cms/binary/10235781.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.vancouversun.com/entertainment/movie-guide/cms/binary/10235781.jpg" height="424" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Por ter sido baseado em
uma história real, </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pride</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> conseguiu uma proeza dos nossos
tempos: não açucarar demais as coisas. Embora o apoio do líder
grevista local, de um senhor da comunidade e de uma das voluntárias
do comitê de greve imponha algum respeito, é de cortar o coração
as agressões verbais que o LGSM sofre quando chega em Dulais pela
primeira vez. Aos poucos, porém, eles vão conseguindo conquistar a
maior parte da vila, mostrando que a maior parte das visões sobre os
gays são equivocadas (e ainda compartilhadas por alguns trinta anos
depois).</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://cdn.amctheatres.com/Media/Default/images/pride%20movie%20header.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="332" src="https://cdn.amctheatres.com/Media/Default/images/pride%20movie%20header.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sendo só um filme
sobre a greve dos mineiros, </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pride</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> seria lindo. Sendo só um
filme sobre o movimento gay na Inglaterra dos anos 80 (no qual se
descobriu a AIDS), </span><i style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pride</i><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> também seria lindo. Mas de alguma
forma, ao propor a união entre os dois, o filme atinge outro nível
de beleza. Com pitadas de humor inglês, o filme não é um relato de
momento histórico comum. Preparem os lencinhos.</span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-81430175042267051042015-02-01T07:00:00.000-03:002015-02-01T07:00:03.826-03:00Domingo preguiçoso: ilustrações de 1984<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.brainpickings.org/wp-content/uploads/2014/12/foliosociety_1984_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.brainpickings.org/wp-content/uploads/2014/12/foliosociety_1984_1.jpg" height="640" width="432" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">1984 é um dos principais expoentes da distopia - e, consequentemente, um dos meus livros favoritos. A poderosa obra de Orwell fala de liberdade e política como poucos conseguiram, sendo relevante até hoje - a alegoria do Grande Irmão nunca deixará de ser usada como referência na cultura pop.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"></span><br />
<a name='more'></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Belas e assustadoras, essas ilustrações curadas pelo <a href="http://www.brainpickings.org/2014/12/19/folio-society-george-orwell-1984/" target="_blank">pessoal do Brain Pickings </a>oferecem um insight bem legal nos momentos mais marcantes do livro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.brainpickings.org/wp-content/uploads/2014/12/foliosociety_1984_9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.brainpickings.org/wp-content/uploads/2014/12/foliosociety_1984_9.jpg" height="640" width="430" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://www.brainpickings.org/wp-content/uploads/2014/12/foliosociety_1984_6.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://www.brainpickings.org/wp-content/uploads/2014/12/foliosociety_1984_6.jpg" height="640" width="432" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-30192414336774907992015-01-30T07:00:00.000-03:002015-01-30T07:00:01.138-03:00Por que eu quero ler mais livros que se passem no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://static.tumblr.com/8b7a8c62031c558cf6003384f2f724ab/9wwi0me/QNimltv4c/tumblr_static_tumblr_l84sliqtwo1qzj51vo1_500_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://static.tumblr.com/8b7a8c62031c558cf6003384f2f724ab/9wwi0me/QNimltv4c/tumblr_static_tumblr_l84sliqtwo1qzj51vo1_500_large.jpg" height="472" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;">Eu
ainda me lembro da primeira história que escrevi no computador.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;">Àquela
época, meus pequenos trabalhos à mão eram vários: folhas de
ofício retiradas furtivamente da impressora, dobradas ao meio e
grampeadas, preenchidas com histórias escritas à giz de cera e
desenhos. Um dia, por uma razão qualquer, resolvi escrever no
computador – um Windows 98 na cor gelo – e assim nasceu a minha
primeira história.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrhsp-yPKfd_9jQmhAkdsp39TL1kikReYmCnkBybGbf2hScjOaTuk3v-Gb6H10KNXigaOGX7tRHY_5wkpkYqHlpotnAPMMi83tnuFs6BU9VKzXcmtYZx96Ag_p2lbFdZO6kMifvri7BSA/s1600/tumblr_llxjawUJVY1qe2lgto1_500_large_large.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrhsp-yPKfd_9jQmhAkdsp39TL1kikReYmCnkBybGbf2hScjOaTuk3v-Gb6H10KNXigaOGX7tRHY_5wkpkYqHlpotnAPMMi83tnuFs6BU9VKzXcmtYZx96Ag_p2lbFdZO6kMifvri7BSA/s1600/tumblr_llxjawUJVY1qe2lgto1_500_large_large.jpg" height="426" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Sei
lá quantos anos eu tinha – não mais do que nove, provavelmente,
portanto a qualidade da produção era compatível com a idade da
escritora. Escrevi aquela história por alguns meses antes de me
refugiar nas fanfics de Harry Potter, mas até hoje guardo uma de
suas versões impressas, junto com outros pequenos trabalhos que
fazem parte da minha história com a coisa que mais amo fazer no
mundo. Mudei bastante de gênero: até hoje escrevo para um público
jovem, mas que fui do romance ao sobrenatural. Até os meus catorze
anos, porém, todas essas histórias tem uma coisa em comum: elas não
se passam no Brasil.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<a name='more'></a><br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;">Para
alguém criada a base de Meg Cabot e romances adolescentes afins, não
é difícil detectar por que: eu tinha zero de referências para
escrever histórias que eu amasse mas que se passassem no meu país.
Os clássicos livros de escola não me cativavam o suficiente para
que eu quisesse imitá-los, e a única coisa nacional na minha
estante que eu havia de fato pedido para os meus pais eram os gibis
da Turma da Mônica. Só aos doze ou treze anos fui descobrir a ótima
série de livros infanto-juvenis <i>Poderosa</i>, mas antes disso, eu
acho que nunca havia pensado que histórias poderiam se passar num
colégio, e não em uma High School. E mais ainda: que as minhas
ficariam melhores e mais verossimeis caso eu o fizesse.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://24.media.tumblr.com/tumblr_lwxu2525zZ1ql4haeo1_500.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://24.media.tumblr.com/tumblr_lwxu2525zZ1ql4haeo1_500.jpg" height="640" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;">Esse
pensamento foi se desenvolvendo aos poucos, e quanto mais minha
estante se enchia de livros nacionais, mais eu percebia que havia
algo de especial neles – mesmo aqueles que se passavam em universos
paralelos traziam um sentimento gostoso de identificação com a
história, de me deparar com um personagem chamado João ou perceber
que os hábitos e dramas eram iguais aos meus – mesmo sendo pessoas
diferentes, nós pertencemos a mesma cultura, e essa ligação nós
faz compartilhar lembranças. Algum tempo depois, <a href="https://www.youtube.com/watch?v=EC-bh1YARsc" target="_blank">essa </a>maravilhosa e
já antiguinha TEDTalk me abre ainda mais os olhos:</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">“<span style="font-size: small;"><i>O que isso demonstra é, eu acho, o quão impressionáveis e vulneráveis nós somos em face a uma história, particularmente quando crianças. Por que tudo que eu havia lido eram livros nos quais os personagens eram estrangeiros, eu me convenci que livros por sua própria natureza tinham que ter estrangeiros neles e </i><i><u>tinham que ser sobre coisas com as quais eu pessoalmente não me identificava</u></i><i>.”</i></span></span></div>
<div>
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-size: small;"><i><br /></i></span></span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
</blockquote>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;">Sempre
que tento definir por que a literatura é importante – tanto para
mim como indivíduo e para nós todos como espécie – chego as duas
mesmas conclusões: ela cria empatia, nos fazendo conviver melhor com
os outros e ela espelha nossas personalidades e problemas, fazendo
que convivamos melhor com nós mesmos (daí a importância de termos
personagens membros de minorias – negros, gays, gordas, trans e
afins – na ficção, mas isso é assunto pra outro post). Nos
atenhamos a essa última parte.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black;">Enquanto
a maior parte dos nossos problemas são universais e serão
encontrados em livros escritos por autores de qualquer nacionalidade,
a cultura é uma força poderosa. Cada país e, no caso da vastidão
do Brasil, cada região tem hábitos e forma de pensar próprios, que
influenciam extremamente a vida das pessoas – portanto devem, por
consequência, influenciar a vida de possíveis personagens que
autores deles provindos criem. </span>
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black;"><br /></span></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://media.tumblr.com/tumblr_mcojtnvx8p1r9ipnd.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://media.tumblr.com/tumblr_mcojtnvx8p1r9ipnd.jpg" height="440" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O
que a minha eu de doze anos não sabia é que, por mais que eu lesse
sobre Londres e Nova Iorque, eu nunca poderia colocar uma Mary
vivendo nela e tornar isso verossímil – uma Maria estudante de
intercâmbio brasileira talvez, mas uma Mary não. Existem rituais e
pequenos hábitos que dão vida ao personagem que, mesmo com pesquisa
extensa, eu não conseguiria reproduzir. Mas eu não sabia, por que
eu não lia livros brasileiros – ao menos não que se passassem no
Brasil.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black;">Veja
bem, longe de mim defender que um autor só trabalhe com personagens
de sua nacionalidade – só afirmo que é essencial que assim ocorra
na maior parte dos casos, sobretudo em um mercado editorial que só
começa recentemente a “por fé” nos autores nacionais em larga
escala. É cansativo ver que boa parte dos autores nacionais –
sobretudo aqueles no começo – não escrevem obras que se passem no
nosso solo, com nossa gente ou nossa cultura. Já defendi a
literatura nacional frente a amigos milhares de vezes, mas como ter
argumentos se esta for mera cópia da estrangeira? </span>
</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: black;"><br /></span></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;">Felizmente,
temos honráveis exceções, algumas delas resenhadas aqui no blog:<i>
<a href="http://www.distopicamente.blogspot.com.br/2013/05/livro-arma-escarlate.html" target="_blank">A arma escarlate</a></i>,
de Renata Ventura (do qual eu nunca cansarei de falar) faz também
uma defesa apaixonada da cultura brasileira (sem deixar de lado
críticas relevantes) e assim se tornou uma das minhas sagas
favoritas, me fazendo aguardar ansiosamente por cada exemplar novo.
<i><a href="http://www.distopicamente.blogspot.com.br/2013/06/livro-rio-2054.html" target="_blank">Rio 2054</a> </i>se
passa na belíssima capital fluminense, e faz algo semelhante.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="color: black; font-family: Verdana, sans-serif;">Quem
dera ter encontrado esses livros aos doze anos.</span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br />
</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://31.media.tumblr.com/00bb96e4834708ddbf2b0e7842bf4416/tumblr_mt0tbqL04c1s6m57fo1_500.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="358" src="https://31.media.tumblr.com/00bb96e4834708ddbf2b0e7842bf4416/tumblr_mt0tbqL04c1s6m57fo1_500.gif" width="640" /></a></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">[Se
você estava vivendo em uma câmera criogênica pelos últimos anos e
nunca assistiu a </span><a href="https://www.youtube.com/watch?v=EC-bh1YARsc" style="font-family: Verdana, sans-serif;" target="_blank">essa </a><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">palestra da Chimamanda, por favor, assista: ela
fala sobre vários problemas que a nossa “colonização cultural”
acarreta.]</span></div>
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br />
</div>
Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6479188714484575886.post-32466208124105701812015-01-29T13:02:00.000-03:002015-01-29T13:02:00.843-03:00Tag dos dias da semana <iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/sagmrC6kG5I" width="560"></iframe>Isabelhttp://www.blogger.com/profile/00782331117259390755noreply@blogger.com0