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Há algum tempo já que quero manter um registro minimamente organizado do que leio e assisto. Digo isso porque não faço a mínima ideia de quantos livros ou filmes assisto em um mês, ainda mais em um ano. Até para estimar fica difícil: em algumas semanas chego a ler quatro, cinco livros, e assistir um filme por dia. Em outras, não leio nem assisto nada - nem as reprises da globo.
Pensei um pouco sobre isso, e cheguei a conclusão de que cem filmes e setenta livros em um ano são números plausíveis. Comecei no dia 25/12, com Juventude Transviada. Eis minha humilde opinião sobre este clássico do cinema:
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Gostei de “Juventude Transviada” (e não só porque o James Dean era tão lindo e bom ator que valeria pelas duas horas de filme). O retrato da adolescência é fiel, muito fiel: a angústia, o não querer crescer e uma falta de respostas e previsões para o futuro enlouquecedora é tão tangível e real no filme que a adolescente que vos fala ficou maravilhada.
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A estória do filme em si é banal. Ao ser preso por bebedeira, somos introduzidos a Jim Stark (feito por James-lindo-Dean) e sua família, composta de uma mãe controladora - que não sabe como agir diante do comportamento adolescente do filho - e um pai tão confuso como sua prole.
Como maneira de fuga, os pais de Jim o carregam – e a sua avó, que faz algumas aparições – de cidade em cidade, na esperança de que o filho, na próxima, faça amigos e comece a agir “normalmente”. Finalmente, em Los Angeles o rapaz faz um amigo – John, também conhecido como Platão, um menino rico largado pelos pais que é nos introduzido no início do filme por ter atirado em cachorrinhos sem razão aparente (como se houvesse razão plaúsivel para atirar em cachorrinhos. Mas enfim, não é a discussão aqui). Obviamente o charmoso menino novo - que tem colhões o bastante para ser amigo do excluído da turma - ganha um desafeto logo no primeiro dia: Buzz, líder de uma gangue na escola e namorado de Judy (que, assim como Jim e Platão, também possui problemas com os pais e estava na delegacia na cena inicial). Depois de uma briga, Buzz convida Jim para um racha de carros roubados em um penhasco, atividade que consiste em dirigir o carro em direção ao despenhadeiro e pular antes que o mesmo caísse – aquele que pulasse primeiro seria o perdedor. É claro que isso acabaria em desastre: Buzz não consegue pular, e deste ponto em diante, tudo vai ladeira abaixo para Jim, Platão e Judy.
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Como eu disse antes, não achei o argumento central tão legal assim, por ser cheio de clichês. Contudo, a atuação dos três personagens centrais justifica o filme por completo: as mudanças rápidas de humor e de atitude - Jim agarrado aos pés do pai é impagável - e todo o drama me fez realmente acreditar que os personagens passaram por aquilo. E, encerro com a frase proferida pelo imortal Jim Stark que resume muitos momentos (talvez momentos excessivamente dramáticos e melancólicos, mas vá lá, quem nunca fez um draminha sem grandes justificativas que atire a primeira pedra) pelos quais a maioria de nós já passou: "eu não sei o que fazer, exceto talvez morrer!".