27 dezembro 2013

5 melhores livros de 2013


2013 foi um ano longo, longuissimo – não consigo me lembrar tão bem quanto deveria das sensações oferecidas pelas leituras abaixo. Essa lista, porém, foi relativamente fácil de ser feita – foi esse ano que li os melhores livros da minha vida, alguns que mudaram a maneira com que a enxergo, e dessa maneira, não foi uma seleção tão difícil assim. Eis os meus melhores de 2013, em nenhuma ordem específica:

21 dezembro 2013

O oceano no fim do caminho



Por meio desta, eu confesso:
tenho um probleminha com Neil Gaiman.

Antes que venham as pedras, afirmo, por favor, de que não estou tecendo críticas à este maravilhoso autor – toda a confusão encontrada na hora das minhas leituras foram graças a minha falta de capacidade de interpretação. Sim, ela existe, mas não para essas leituras em específico; nós dois aparentemente não estamos na mesma sintonia.

Mas é claro que eu me sentia perdendo um bocado em ter que excluir da minha lista um dos maiores escritores pós-modernos (que, por ser do meu tempo, devia apresentar-se mais fácil) e foi um alívio quando O oceano no fim do caminho propôs uma reconciliação.

19 dezembro 2013

O Sistema


Todos fazemos promessas, tudo é em alguma maneira uma promessa, mas não há nada que se exceda mais nesse campo do que uma narrativa. Cada novo personagem, item ou ação gera expectativas naquele que a prestigia, expectativas que devem ser frustradas ou satisfeitas. Nenhum desses dois caminhos é ruim; o ruim é, na verdade, um terceiro caminho,o de fazer promessas e esquecé-las, como se nunca tivessem existido. Ele sim que causa a tal frustração.

Com uma premissa completamente adorável (lembrando a minha série adorada e ansiada, Continuum) O Sistema se excede, infelizmente, em quebrar as suas promessas, esquecendo-se completamente de elementos apresentados que o expectador anseia para que sejam desenvolvido – mas, no final, não são.

17 dezembro 2013

5 coisas sobre a República Tcheca - 116° dia edition


Como falei no meu post de volta (e em quase todos os posteriores – intercambista tem vício de falar disso mesmo, juro que não é “querer se mostrar”, como dito em bom baianês) estou fazendo um intercâmbio de dez meses na República Tcheca, morando em casa de família e estudando em uma escola de ensino médio. O clichê é imenso, mas de fato intercâmbio é uma vida em um ano, não um ano em sua vida – construir toda uma nova rede de relacionamentos e aprender hábitos culturais feito um bebê fazem tudo parecer maior e mais fascinante.

Portanto, não dá (nem de longe) para resumir tudo que eu vivi aqui, e isso fugiria um pouco do objetivo. Porém, quero colocar aqui um pouquinho desse país centro-europeu lindo, compartilhando minhas dez impressões (que, não preciso falar, são bem pessoais e não necessariamente refletem a realidade) nesses três meses e meio de aventura. Não perderei meu tempo (como muitos intercambistas cheios de espírito de vira lata, deslumbrados pelos eletrônicos baratos e ruas limpas) em comparar a qualidade de vida com o Brasil, sendo óbvio que dois países com trajetórias bastante distintas teriam isso também distinto. Vamos lá então:

14 dezembro 2013

Norwegian Wood (livro)



Alguns livros não são feitos para serem lidos em determinados momentos – seja por tema, densidade ou até mesmo o humor do leitor, aquele casamento entre uma boa obra e sua hora certa é maravilhoso quando acontece, maximizando a experiência da leitura. Norwegian Wood foi uma escolha pobre para quem acabara de chegar em um novo país e via-se no limbo entre férias de fato e aulas, não compartilhados por sua família hospedeira ou amigos intercambistas.

Bom.

Digo isso porque nos meus dias de pseudo-descanso pré-aula cheiraram à solidão e nolstagia, talvez as palavras (junto com “melancolia”) que possam melhor classificar Norwegian Wood.

12 dezembro 2013

Orange is the new black



Já comecei Orange is the new black com uma encrenquinha de leve com a série: a escolha de protagonista é um pouco duvidosa. Piper, a supracitada, não é exatamente uma figura que se esperaria encontrar em uma prisão – com diploma universitário e dinheiro no bolso, ela leva uma vida bastante confortável no círculo de classe média alta de Nova Iorque.

Mas mesmo não fazendo parte das estatísticas gerais, todos temos passado, e o de Piper envolve, dez anos antes, um namoro conturbado com uma traficante internacional de drogas. Graças a uma confissão de alguém do cartel, ela é condenada a quinze meses em uma prisão federal por transportar dinheiro proveniente do tráfico, sendo retirada então de seu noivo, Larry (um escritor-em-potencial esperando que o seu próximo texto estoure) e de seu próspero negócio de sabonetes artesanais.


10 dezembro 2013

Não morri, juro


Tava sem clima pra escrever.

Essa é uma desculpa bem idiota quando se tem um blog que é seu amorzinho e é recheado de textos (alguns dos quais você se orgulha, uns razoáveis e outros nem tanto, mas que serviram pra aquela tal coisa que vivem dizendo que é necessária chamada treino) mas é a única que eu posso dizer. E se fosse minimante decente colocar smileys em um texto desse estilo, colocaria aquele de ombrinhos levantados e meio-não-sorriso torto.
 
Mas vamos lá, com os dedos enferrujados, abrir um arquivo do LibreOffice (o meu computador novo que trouxe pr'essas terras frias não tem Microsoft Word) e começar a digitar sem rumo, o cansaço bem único de ouvir (e tentar falar) uma língua completamente diferente daquela que se chama de mãe o dia inteiro se acumulando debaixo dos meus olhos.

Certo, então, o que eu ando fazendo?