09 janeiro 2014

3 coisas para amar em Revolution - e duas que nem tanto...



Tenho épocas que fico extremamente “enjoada” para obras de ficção: simplesmente nada me agrada. Não consigo levar um mero filme até o final ou passar de um episódio piloto de uma série, não achando nada bom o suficiente para que eu use o meu tempo.

É mais do que uma “ressaca literária”: é uma estúpidafalta de concentração que, infelizmente, me ataca com mais frequência do que o desejado, talvez após periodos extremamente intensos de leitura ou escrita, talvez por simplesmente férias serem necessárias para o meu cérebro. Depois de algum tempo, finalmente aprendi que nada adianta forçar mais e mais coisas – a única solução é pegar leve, e recorrer a obras de gêneros que sei que raramente falham para mim.

Foi por isso que voltei a Revolution.

Pois é – reclamei de ter me decepcionado com o seriado nesse post (após ter aplaudido o piloto neste) mas depois de alguns episódios, me vi completamente viciada, maratonando um após o outro. Como nem tudo são rosas, vai aí os três pontos positivos e os dois negativos de Revolution – sem spoilers. No final? Eu assistiria – não existem muitas séries distópicas com o mínimo de qualidade por aí.

1. A história não é o que eu esperava, mas é cativante



Muito provavelmente meu problema anterior com Revolution foi pela história estar longe de ser o que eu esperava. Se passando em um futuro distópico, no seriado todas as formas de energia existente na terra cessaram a funcionar – não só luzes e aparelhos eletrônicos, mas carros, aviões e geradores. Minha esperança era que, como uma boa distopia, Revolution se focasse em falar das dificuldades de vida nesse cenário, mas não é isso.

Quinze anos depois do apagão, milícias governam de forma dura – no caso do lugar onde a história se passa, é a Milícia Monroe, controlada pelo cruel general Sebastian Monroe. Charlie, a nossa mui chata protagonista (falarei mais disso lá na frente) não sabe o que o general (quem ela crê nunca ter visto na vida) quer com sua família, mas ainda que o povo de seu vilarejo tenha pago os impostos, a Milícia mata o seu pai e leva o seu irmão, Danny.
No seu último suspiro, o pai de Charlie só consegue lhe dizer para achar seu tio Miles, segundo ele o o único capaz de recuperar Danny das mãos de Monroe. Desde o apagão, a garota não havia saído do seu vilarejo, e no que é a sua primeira grande aventura, ela descobre as conexões de sua família com a Milícia e (não menos importante) com o Apagão.



Pois é – os trailers nos dão uma impressão diferente. Mas isso não significa que Revolution seja ruim – na verdade, acompanhar a tensão política entre as diferentes Repúblicas que formaram os Estados Unidos e testemunhar uma guerra é algo não tão comum para a introdução de uma distopia, mas se bem feito (o que é o caso) pode conquistar.

2. Flashbacks oportunos



Ah, como senti falta de vocês, flashbacks bem feitos! A primeira série que acompanhei foi a falecida e fantástica LOST (fiquei até um pouco nolstagica depois desse post do Cinema com Rapadura) que era excelente em mostrar o passado (e em temporadas mais tardias, o futuro) de seus personagens.
Desde então não lembro de encontrar uma série ou filme que inserisse os flashbacks de maneira bem feita e com timing preciso – o que é, felizmente, o caso de Revolution. Os flashbacks são a nossa principal forma de descobrir a ligação de Miles com a Milícia, a causa do apagão e as razões de ser dos personagens.

Quando eu soube que JJ Abrams, produtor de LOST, também trabalharia em Revolution, senti um friozinho na espinha – apesar de genial em alguns pontos, aquele final da minha amada série não pode ser perdoado. Como Revolution terminará, não sei, mas é bom saber que ele aparentemente trouxe uma maravilhosa caracteristica de um de seus trabalhos anteriores.

3. Tensão política



como já disse, Revolution foca bastante no jogo de poder entre as diferentes repúblicas e territórios em que se dividiu os Estados Unidos – no caso da primeira temporada, temos, além da República Monroe, a República da Georgia, que por ser localizada em um território de bom clima, tem muitos recursos e dinheiro. Não podemos esquecer também do grupo rebelde, que quer trazer o tio Sam de volta – ou, em alguns casos, simplesmente acabar com tiranos como Monroe. A tensão é real e faz alusão a vários conflitos atuais e passados – ponto para Revolution.

Mas ah, tem dessas.

4. A protagonista é insuportável



Uma arqueira habilidosa, Charlie me faz ter vontade de que ela use a sua besta ao contrário. Ainda que a maioria dos episódios percam o foco nela a partir do quinto, ainda é chato ter uma menina mimizenta e moralista no papel central de um seriado de ação. Vacilo, vacilo.

5. Tem coisa errada por aí



Apesar de se passar quinze anos após o apagão, vemos em Revolution coisas como isqueiros e muuita munição – que deveria, supostamente, ter sido usada nos conflitos nos primeiros anos depois que as luzes apagaram, e sem meios de produção sem energia, não poderiam ter sido repostas. Poxa, espadas são tão legais – que tal usá-las mais e dar um toque maior de realidade?


10 comentários:

  1. Eu me lembro de ter visto o primeiro episódio da série, acho que não me agradou muito, eu nem lembro de detalhes, gostei dos pontos positivos que você destacou, e talvez eu dê uma nova chance a ela. Detesto protagonistas chatas, mas se a série for realmente boa, até dá para superar.

    Obrigado pelos comentários lá no blog, sobre Percy Jackson, eu detestei o primeiro filme, e coloquei na minha cabeça que os livros eram tão ruins quanto, mas foi só começar a ler a série, que esse preconceito foi embora, hoje é uma das minhas favoritas.

    bjs

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  2. Oii!
    Sabe que nunca ouvi falar dessa série. Quanto a assuntos distópicos estou totalmente out, rs. Tanto na literatura quando nas telas. Enfim... Infelizmente temos que lidar com os dois pontos (negativo e positivo) quando nos propomos a fazer qualquer coisa. Mas protagonista irritante, durante um seriado inteiro? Acho que eu não apostaria, rsrs. Mas gostei de ver que você é detalhista, e reparou certos pontos na série. Daria uma boa crítica (sei que esse termo serve para gastronomia, mas pode encaixar aqui? hehe).

    Beijos
    Jéssica
    http://www.bestherapy.net/

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  3. J[a tinha visto essa série por aí, mas nunca me interessei em assisti-la. Não sei se agora eu ainda tenho essa vontade, mas fiquei curiosa depois do seu post ><

    Beijos
    http://mon-autre.blogspot.com.br/

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  4. Nunca assisti Revolution, mas a história em si é bem bacana. Mas que erro colocar logo a protagonista uma pessoa chata e moralista, hein? De moralistas já não bastam os pseudocults.
    Flashbacks oportunos são difíceis, hein? Quando são, é amor <3
    Beijos, Isabel!

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  5. Faz muito tempo que não venho aqui e fiquei imensamente feliz que vc voltou a postar, tava com sdds dos seus posts *_*
    Eu tenho as duas temporadas de Revolution aqi e sempre baixo os episódios quando sai pra um dia assistir, mas até agora nada :\

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  6. Achei a premissa dessa série muito interessante desde o início. Não tenho tido tempo de acompanhar séries tanto quanto eu queria, mas Revolution está, com certeza, no topo da lista das coisas que eu necessito assistir urgentemente. Obrigada por me lembrar! :)

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  7. Isabel, estava na cara que tinha alguma coisa de Lost por aí! Por mais que a história não tenha nada a ver. A segunda imagem me lembrou muito, e a atriz da terceira imagem fazia parte da série também, né?!
    Adorei a premissa, salvo essas coisas não tão boas que você observou. Deve ser bem interessante a serie!!!

    Beijos,

    Marcelle
    www.bestherapy.net

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  8. Ok, primeira vez aqui, e pra ser sincera posso voltar mas não sei em que data.
    Então, eu assisto Revolution, acho que a maioria das pessoas que começaram a assistir a série criaram muitas expectativas em torno dela, ela é boa, o enredo é bom, as lutas são boas. Mas tem personagens que dão nojinho, como a Charlie e a mãe sem sal dela.
    A série é boa sim, e não entendo o pessoal que "odeia" a CW... É viciante e instigante. A segunda temporada está ótima, só que as vezes eles dão umas escorregadas legal e sai tudo de foco, mas em qualquer série existe isso.
    Até.

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  9. Não concordocom o ponto. Os isqueiros e a munição utilizada na série tem um limite, tanto é que tem um episódio que acaba as balas dos personagens.

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    1. considerando que o seriado se passa quinze anos depois do apagão, o estranho mesmo éq eu ainda existam balas para que elas acabem ahaha :)

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