Minhas expectativas para o primeiro volume da trilogia Dragões de Éter, Caçadores de Bruxas, eram altas: eu já havia ouvido falar bastante
de Raphael Draccon, e os elogios eram inúmeros. Iguais aos meus nessa resenha.
Vamos começar pelo narrador: geralmente desimportante quando
não é um personagem do próprio livro, aqui esta lógica se inverte, com um
contador de histórias onisciente nos narrando diversas aventuras paralelas de
uma forma que atiça a curiosidade do leitor mais desinteressado. Como ele sabe
de tudo? Como ele consegue fazer algo como dar “pausa” em um cenário parecer a
coisa mais ordinária do mundo? As digressões são gigantescas, muitas vezes ininteligíveis
e estranhas, mas cada uma delas é necessária para sabermos mais sobre os
fascinantes personagens que habitam Nova Ether.