01 agosto 2013

Filminho de quinta: Toda forma de amor



Nós, temos uma necessidade geral de classificar as coisas, de estereotipar tudo, de encaixar toda nossa vida em um molde. É completamente compreensível: tudo é tão difícil, então porque não simplificar as coisas?
Pena que a vida não é tão simples assim.

É engraçado que eu não consiga classificar Toda forma de amor nem falar com precisão do filme porque justamente isso o tema central do filme: a nossa falha ao querer saber tudo.



Alguns meses depois da morte de sua esposa Hal “sai do armário”. Tudo parece ótimo: ele participa de grupos para direitos civis dos homossexuais, arruma um namorado e não enfrenta nenhuma resistência do único filho, Oliver. Pois é, uma parte das pessoas que assistiu Toda forma de amor meio que quebrou a cara aqui: o filme não é sobre a aceitação do filho a homossexualidade do pai. Oliver é bastante tranqüilo com isso – sua preocupação se resume a felicidade da mãe, agora questionada por ter sido casada durante décadas com um homem que não a desejava.

Mas Hal logo descobre ter câncer no estágio quatro (não há estágio cinco) e, decepcionando outros tantos espectadores, Toda forma de amor não é um filme sobre a luta forte desse homem pela a sua vida, nem dele aproveitando seus últimos momentos: sabemos desde o início que o pai de Oliver está morto, quando ele encontra-se com Anna, uma moça pela qual o “solteirão” de trinta e tantos anos se apaixona.



A mistura dessas histórias, contadas em forma de flashbacks, podem parecer algo extremamente piegas e emotivo, mas não é. Se Toda forma de amor fosse um livro eu diria que ele é um romance de formação, romance de formação sobre um homem (Oliver) que tem que lidar com diversas situações difíceis na vida – como todo mundo.



No caminho, ele destrói algumas das premissas sobre si mesmo – aquelas frasezinhas feitas e suposições que inventamos na necessidade de nos entender. Não sou a maior fã do gênero romance pelo mesmo estar demais infiltrado nos livros que leio, mas consegui não rolar os olhos uma vez sequer em Toda forma de amor – um bom sinal de falta de pieguice.

Enfim, Oliver tem um olhar fantástico sobre tudo, e sendo ele o narrador, é tal olhar que nos acompanha. Geralmente minhas resenhas tem o dobro desse tamanho, mas não há mais nada que eu possa falar sobre Toda forma de amor além de um ASSISTAM bem grande.




Ah, deixem me corrigir a afirmação acima: ainda bem que a vida não é tão simples assim. Ainda bem.

6 comentários:

  1. Não conhecia esse filme. Fiquei interessada em assistir. Fiquei pensando como seria o livro.

    http://blogprefacio.blogspot.com.br/

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  2. Muito interessante o filme *O* É um romance nada piegas mesmo, pelo que você descreveu e sua reação em assistir ao filme. Bem, acho que já tinha ouvido falar sobre ele, só não tinha lido sobre. Mais um pros que 'quero assistir' com certeza ><

    Beijos

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  3. Oie Isa
    não conhecia o filme, mas quero muito assistir, ainda mais depois dessa resenha
    bjos

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  4. Meu deus, eu amo esse filme... A resenha fez jus a ele, parabéns! Fora a trilha, né?!
    Beijos!
    http://literallypitseleh.blogspot.com.br/

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  5. Já assisti um pedaço desse filme e nunca mais voltei a procurá-lo, agora lendo sua resenha vou ver, mesmo que na internet, ele é realmente muito bom.

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  6. Também não sou muito chegada em romances, mas adoro esse tipo de filme, que faz a gente pensar um pouco na vida sem ser piegas. Vou adicionar na minha lista imensa de filmes para ver haha Obrigada pela dica, como sempre.

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