20 fevereiro 2015

5 dicas de escrita de Stephen King


Vários dos meus leitores daqui do blog são escritores, e meus posts sobre a minha própria escrita vem tido um retorno bastante interessante. Mas assim como o Jon Snow, eu não sei de nada, e por isso hoje posto a coluna dicas de escrita de (…), na qual compilarei dicas de alguns autores que admiro e têm uma ou trinta coisas a nos ensinar. Hoje vamos ao mestre do terror, Stephen King.

1. O primeiro rascunho é para você. O segundo, para o público.

Dica clássica de sua auto-biografia On writing. Segundo King (e alguns outros escritores, como por exemplo, Holly Lisle – em seu curso de revisão, ela repete isso várias vezes) primeiros rascunhos são para erros, acertos acidentais e pura criatividade. Quando se inicia a primeira revisão, porém (que deve ser a primeira de várias e corrigir somente o aspecto “macro” da história) deve-se começar a pensar no leitor. Aquilo que soava genial na sua cabeça nem sempre está tão bom assim no papel. “Escreva com a porta fechada, reescreva com a porta aberta.”

2. Você tem três meses.

Isso mesmo: o primeiro rascunho de uma história não deve levar mais de três meses, mesmo se você não for um escritor profissional. John Green utilizou uma metáfora bem interessante para primeiros rascunhos: se escrever fosse que nem esculpir, o primeiro rascunho seria somente colocar o bloco de marmóre no lugar certo. Somente nas revisões você começar a retirar o mármore do bloco de fato – e você não quer levar mais de três meses para fazer isso, não é? Como os participantes do NaNoWriMo (desafio que consiste na escrita de 50 mil palavras – um livro curto/médio – no mês de novembro) provam todos os anos, não é impossível fazer isso e ter uma vida normal. Alguns dos participantes da edição de 2005 foram atingidos pelo furacão Katrina e terminaram o desafio mesmo assim – então sem desculpas.

3. Televisão? Nem pensar!

OK, eu tomo um pouquinho de liberdade poética para interpretar essa dica. Segundo King, se você está começando agora você deve se livrar de qualquer distração que tome horas preciosas do seu dia – ele diz a televisão, mas Netflix ou Tumblr também podem contar. Certo que alguns seriados e filmes podem ajudar bastante na criatividade, mas geralmente o poder de procrastinação oferecido por esses veículos supera as possíveis boas ideias.

4. Leia, leia, leia.

Essa é a dica de dez entre dez escritores, e em sua memória On Writing, King enfatiza bastante isso. Segundo ele, um livro a cada quatro dias é um ritmo bastante decente – e lembre sempre: se você não tem tempo para ler, não tem tempo para ser um escritor.

5. Não seja pretensioso.

Sim, livros mudam o mundo. Sim, livros mudam pessoas e salvam suas vidas inúmeras vezes. Mas essa não deve ser sua preocupação primária ao escrever. Escreva por que você gosta, por que é prazeroso e por que aquelas palavras que você está colocando no papel são uma história que você gostaria de ler.

Dar uma de superman vem depois.

1 comentários:

  1. Stephen King é o cara! Primeiro, muito obrigada por esse post! Eu adoro dicas para a escrita e, mesmo que não me dedique muito a isso, ainda assim é bom ter contato com essas ideias que podem ajudar até em outras áreas. Agora voltando ao Stephen, "On writing" é o livro dele que está no topo da minha lista de desejados, imagino que a obra deve ser melhor do que parece. Sobre as dicas, a que tenho que realmente seguir é a terceira. Procrastinação é um problema na minha vida, imagino que muitas horas que já desperdicei na internet poderiam ser voltadas para coisas bem melhores e não é legal admitir isso. Mas enfim, adorei o post!!
    Jéssica - http://lereincrivel.blogspot.com.br/

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