Vários dos meus
leitores daqui do blog são escritores, e meus posts sobre a minha
própria escrita vem tido um retorno bastante interessante. Mas assim
como o Jon Snow, eu não sei de nada, e por isso hoje posto a coluna
dicas de escrita de (…), na qual compilarei dicas de alguns autores
que admiro e têm uma ou trinta coisas a nos ensinar. Hoje vamos ao
mestre do terror, Stephen King.
1. O primeiro rascunho
é para você. O segundo, para o público.
Dica clássica de sua
auto-biografia On writing. Segundo King (e alguns outros
escritores, como por exemplo, Holly Lisle – em seu curso de
revisão, ela repete isso várias vezes) primeiros rascunhos são
para erros, acertos acidentais e pura criatividade. Quando se inicia
a primeira revisão, porém (que deve ser a primeira de várias e
corrigir somente o aspecto “macro” da história) deve-se começar
a pensar no leitor. Aquilo que soava genial na sua cabeça nem
sempre está tão bom assim no papel. “Escreva com a porta fechada,
reescreva com a porta aberta.”
2. Você tem três
meses.
Isso mesmo: o primeiro
rascunho de uma história não deve levar mais de três meses, mesmo
se você não for um escritor profissional. John Green utilizou uma
metáfora bem interessante para primeiros rascunhos: se escrever
fosse que nem esculpir, o primeiro rascunho seria somente colocar o
bloco de marmóre no lugar certo. Somente nas revisões você começar
a retirar o mármore do bloco de fato – e você não quer levar
mais de três meses para fazer isso, não é? Como os participantes
do NaNoWriMo (desafio que consiste na escrita de 50 mil palavras –
um livro curto/médio – no mês de novembro) provam todos os anos,
não é impossível fazer isso e ter uma vida normal. Alguns dos
participantes da edição de 2005 foram atingidos pelo furacão
Katrina e terminaram o desafio mesmo assim – então sem desculpas.
3. Televisão? Nem
pensar!
OK, eu tomo um
pouquinho de liberdade poética para interpretar essa dica. Segundo
King, se você está começando agora você deve se livrar de
qualquer distração que tome horas preciosas do seu dia – ele diz
a televisão, mas Netflix ou Tumblr também podem contar. Certo que
alguns seriados e filmes podem ajudar bastante na criatividade, mas
geralmente o poder de procrastinação oferecido por esses veículos
supera as possíveis boas ideias.
4. Leia, leia, leia.
Essa é a dica de dez
entre dez escritores, e em sua memória On Writing, King
enfatiza bastante isso. Segundo ele, um livro a cada quatro dias é
um ritmo bastante decente – e lembre sempre: se você não tem
tempo para ler, não tem tempo para ser um escritor.
5. Não seja
pretensioso.
Sim, livros mudam o
mundo. Sim, livros mudam pessoas e salvam suas vidas inúmeras vezes.
Mas essa não deve ser sua preocupação primária ao escrever.
Escreva por que você gosta, por que é prazeroso e por que aquelas
palavras que você está colocando no papel são uma história que
você gostaria de ler.
Dar uma de superman vem
depois.
Stephen King é o cara! Primeiro, muito obrigada por esse post! Eu adoro dicas para a escrita e, mesmo que não me dedique muito a isso, ainda assim é bom ter contato com essas ideias que podem ajudar até em outras áreas. Agora voltando ao Stephen, "On writing" é o livro dele que está no topo da minha lista de desejados, imagino que a obra deve ser melhor do que parece. Sobre as dicas, a que tenho que realmente seguir é a terceira. Procrastinação é um problema na minha vida, imagino que muitas horas que já desperdicei na internet poderiam ser voltadas para coisas bem melhores e não é legal admitir isso. Mas enfim, adorei o post!!
ResponderExcluirJéssica - http://lereincrivel.blogspot.com.br/