Eu resisto em dizer que
o bestseller e adaptação de bilheteria milionária A culpa é das estrelas é sobre adolescentes doentes. Ao descrever a obra
para algum parente ou amigo talvez venha como algo natural mencionar
que Hazel e Gus tem câncer – mas ao contrário do que nosso amigo
Nicholas Sparks pode dizer sobre seus livros, é muito mais do que
isso.
Red Band Society
também. A adaptação americana da série espanhola Polseres
Vermelles (que comecei a assistir mas não gostei muito: talvez o
catalão não seja para os meus ouvidos) se passa entre as paredes de
um hospital, contando a história de um grupo de adolescentes internados
na ala pediátrica.
Os problemas deles são
vários: temos como paciente mais antigo Charlie – que também é o
mais novo e nosso narrador. Narrador um pouco inesperado, eu diria: o
garoto está em coma desde que sofreu um acidente. Mesmo assim ouve
tudo, contando ao espectador o dia a dia do hospital.
Depois há Leo: o antes
promissor jogador de futebol possui osteosarcoma, um câncer que
levou uma de suas pernas. Ele divide o seu tempo entre arrumar
confusão com seu melhor amigo e também paciente do hospital, Dash,
que tem um grave problema nos pulmões, e ter um namoro bastante
inconstante com Emma, uma anoréxica viciada em estudos e que tem, de
todos eles, a recuperação mais lenta e difícil.
É claro que se falamos
de uma série desse tipo há sempre de haver um recém-chegado. Nesse
caso temos Jordi: com o mesmo problema de Leo, ele dirigiu do México
até os Estados Unidos para se tratar com o dr.McAndrew, renomado
médico do hospital. Outra nova paciente também é Kara, uma líder
de torcida mandona e irascível com um problema no coração tão
grave que pede um transplante – que ela dificilmente vai conseguir
por ser, nas palavras dos médicos, uma “candidata ruim”, graças
a sua personalidade e a seus hábitos de uso de drogas.
Não espere nada muito
médico em Red Band Society – só ouvimos falar das doenças
de cada um dos pacientes quando eles necessitam de algum tratamento
ou tem alguma crise, estas constantemente causadas pelas
“traquinagens” feitas. Que aliás, são muitas: cada episódio
traz uma nova pequena missão para os membros da Red Band Society,
a fim de tornar a vida no hospital menos difícil e tediosa.
Os médicos e
enfermeiros, porém, não estão ali só de decoração: temos também
ótimas histórias vindas deles, principalmente da Enfermeira
Jackson, responsável pelos nossos personagens, que os trata com
extremo carinho.
Como defeito do
programa, eu apontaria o desenvolvimento da personagem de Emma: só
nos últimos episódios os produtores se arriscam a tocar no assunto
complicado que é a sua doença. As instalações riquissimas do
hospital podem incomodar também alguns mais afeitos à realidade
crua.
No final, a série é
sobre uma coisa muito simples: adolescentes, tentando viver a vida da
melhor maneira possível dadas as circunstâncias. E por isso
funciona tão bem – independente de idade ou condições de saúde,
não estamos todos? Talvez seja esse o segredo de John Green, e
talvez seja esse o segredo de Red Band Society.
Que Lindo!!! Conheci o Blog hoje e já amei! Foi em uma de minhas "caças" para saber mais a respeito de Red Band Society, que está sendo minha serie favorita! Pena que não há segunda temporada :(
ResponderExcluirMas amei sua resenha da serie!
E o blog é muito lindo, fofo, cute, demais, power! Sério, AMEI!!
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