Por meio desta, eu confesso: eu geralmente rio muito de
filmes e séries de ficção científicas famosos.
Eu sei – e como sei! – que não são os efeitos especiais que
fazem uma boa obra para as telinhas, mas alguns trechos de Duna, da série original de Jornadas
nas Estrelas e até mesmo dos filmes mais antigos de Guerra nas Estrelas (por favor, não quero bombas na minha caixa de
correio! Livros sim, bombas não!) arrancaram alguns risinhos de escárnio da
minha parte.
Holywood me adestrou bem nesse quesito, pessoal. Ou você
poderia dizer que “elevou os meus padrões”, se for gentil.
Então, ao contrário do que é esperado de uma fã e de uma
escritora de distopias, não mergulhei muito fundo procurando filmes e séries de
ficção científica não recentes. A série Continuum,
da qual falarei em breve, porém, me deu uma sede insaciável por obras do
gênero, me fazendo topar, nas andanças pelo IMDB, com Looper.
Looper é daquele
tipo de filme de ação que me agrada bastante: tem uma história bem consistente
e um leve significado por trás. Aparentemente, no futuro, é muito difícil se
livrar do corpo de alguém, o que leva criminosos a loucura – essa é a base dos
negócios deles, não é mesmo?
Felizmente, inventam a viagem no tempo, algo extremamente
ilegal – o que não incomoda aos patrões de Joe, que preferem o probleminha de
manter uma máquina do tempo operacional (enviando assim os futuros defuntos
para assassinos contratados chamados Loopers no passado, ou seja, o tempo em
que a história se passa) a processos e mais processos por assassinato.
Cada cadáver morto e descartado é pago com uma barra de
prata, amarrada nas suas costas para o Looper em questão. Como qualquer
trabalho ligado ao crime, há aqui também um prazo de validade: em trinta anos o
corpo do Looper será enviado a si mesmo no passado, e um tiro em seu eu do
futuro e algumas barras de ouro marcarão a sua aposentadoria.
Um número gigantesco de aposentadorias recentes vem
incomodando ao Looper Joe, que vive sua vida entre seu estranho trabalho e
aprender francês para uma possível mais agradável vida no exterior. É quando um
de seus amigos hesita em matar o seu eu trinta anos mais velho (uma das
premissas básicas do trabalho) que ele descobre o que está acontecendo: um
criminoso apelidado de Fazedor de Chuva pretende exterminar todos os Loopers
não pela necessidade normal de sigilo do trabalho, mas sim por interesses
próprios.
E como há de se esperar depois de uma notícia dessas, Joe
também hesita em assassinar o seu eu do futuro, que chega ao presente com uma
sede gigantesca de vingança: o Fazedor de Chuva matou sua mulher, e mesmo que
ele não passe de um garotinho agora, na visão do Joe mais velho, ele merece
morrer para que tudo seja evitado.
Embora a parte de ficção científica do filme seja bastante
interessante, a história em si é fraca, salva por boas interpretações e uma boa
execução do filme de forma geral. Joseph Gordon-Levitt (que interpreta Joe) nem
se parece consigo mesmo em alguns pontos, o que invariavelmente me deixa feliz
quando se trata de cinema.
O filme tem um dos visuais que vem se tornando, desde Black Mirror, o meu favorito em obras
futurísticas: aquele no qual se muda estritamente o necessário, sem grandes
invencionices cheias de pratas e neon. Contei dois erros de continuidade no
enredo que mesmo que não muito bruscos, incomodam um espectador mais atento.
Não espere mudar a sua vida ou receber uma grande mensagem: Looper, como muitos filmes do gênero, é
puro entretenimento – o que (e digo isso pela milésima vez com convicção) não
deveria ser um defeito...
Nunca gostei muito de ficção cientifica. Li algumas coisas mas não gosto. Quanto aos filmes se for bem feito até que gosto, mas se tiver que escolher entre vou preferir um de suspense.
ResponderExcluirhttp://blogprefacio.blogspot.com.br/
Eu tenho que admitir que to começando a gostar de ficção científica pelo simples fato de que, às vezes, filmes desse gênero conseguem me transportar pra outra realidade e eu me divirto, me vejo em outra dimensão e etc. Esse processo é muito interessante e criativo, pra mim, acredite.
ResponderExcluirNunca havia ouvido falar desse filme, mas achei o modo como você falou dele bem interessante. Também acho que filmes que são puro entretenimento não são ruins (alguns são, admitamos), mas existem uns aí bem legais e acho válido assistirmos. É sempre bom a gente relaxar, dar umas boas risadas, não pensar tanto e etc e esses filmes são ótimos nisso. Então acho bem válido.
Gostei da resenha e vou colocá-lo na lista de quero ver do meu filmow.
Beijoss
Acho que esse é o maior trunfo da ficção científica, e mesmo um filme leve (como esse) tem uma coisa ou outra a nos ensinar sobre como contar histórias...
ExcluirOi Isabel, tudo bem?
ResponderExcluirEu não sou a maior fã do gênero, mas de tempos em tempos gosto de ver filmes assim, por puro entretenimentos mesmo.A dica está mais do que anotada e espero ver em breve.
Abraços,
Amanda Almeida
Você é o que lê
Ficção cientifica é um bom gênero, curto bastante. Looper parecer ser um filme bacana!
ResponderExcluirDavid - Leitor Compulsivo
Oie Isa
ResponderExcluirque lindo o novo layout!!!!! adorei
Ficção cientifíca sempre fez meu gênero. Não sabia do filme, mas só de ver o elenco já me instigou.
bjo