Eu
ainda me lembro da primeira história que escrevi no computador.
Àquela
época, meus pequenos trabalhos à mão eram vários: folhas de
ofício retiradas furtivamente da impressora, dobradas ao meio e
grampeadas, preenchidas com histórias escritas à giz de cera e
desenhos. Um dia, por uma razão qualquer, resolvi escrever no
computador – um Windows 98 na cor gelo – e assim nasceu a minha
primeira história.
Sei
lá quantos anos eu tinha – não mais do que nove, provavelmente,
portanto a qualidade da produção era compatível com a idade da
escritora. Escrevi aquela história por alguns meses antes de me
refugiar nas fanfics de Harry Potter, mas até hoje guardo uma de
suas versões impressas, junto com outros pequenos trabalhos que
fazem parte da minha história com a coisa que mais amo fazer no
mundo. Mudei bastante de gênero: até hoje escrevo para um público
jovem, mas que fui do romance ao sobrenatural. Até os meus catorze
anos, porém, todas essas histórias tem uma coisa em comum: elas não
se passam no Brasil.