27 fevereiro 2015

Broad city (série)


Se Girls e uma miriade de outros seriados e filmes estiverem certos, a crise dos vinte e cinco anos parece ser dramática. Ao mesmo tempo que se é jovem o suficiente para que se admitam algumas irresponsabilidades e erros, a sensação de não ter se construído nada (quando um terço da vida já se passou) deve ser dolorosa.

Mas não é na dor dessa idade que Broad City se foca – na verdade, o seriado trata os problemas dessa idade com um humor único e fabuloso. Abby e Ilanna, nossas protagonistas, são duas amigas judias inseparáveis morando em Nova Iorque.

25 fevereiro 2015

Em busca de WondLa (livro)


Já começando com a minha promessa de ler mais ficção científica nesse ano, comecei a minha leitura de Em busca de WondLa, uma série infanto-juvenil que repousa na minha estante há bastante tempo.

Eva Nove não conhece nada além do seu Santuário, onde vive com Mater, uma robô designada para treiná-la em habilidades de sobrevivência. Ela nunca conheceu outro ser humano ou criatura que não fosse Mater, e deseja fortemente ver o mundo lá fora.

20 fevereiro 2015

5 dicas de escrita de Stephen King


Vários dos meus leitores daqui do blog são escritores, e meus posts sobre a minha própria escrita vem tido um retorno bastante interessante. Mas assim como o Jon Snow, eu não sei de nada, e por isso hoje posto a coluna dicas de escrita de (…), na qual compilarei dicas de alguns autores que admiro e têm uma ou trinta coisas a nos ensinar. Hoje vamos ao mestre do terror, Stephen King.

18 fevereiro 2015

A menina que semeava (livro)


No auge da fama de A culpa é das estrelas, muito se falou sobre a tal da sick-lit, literatura que, teoricamente, utilizaria personagens com doenças terminais sem muito pudor. Fora algumas tentativas de leituras de romances melosos, tive a sorte de cair em um círculo de “sick-lits” boas, que ao contrário do esperado, não definem os seus personagens doentes por sua doença. A menina que semeava não quebrou esse círculo.

Chris tem uma relação complicada com sua filha Becky, de catorze anos – mas ao contrário do esperado, o problema não é a rebeldia da menina ou ausência do pai, e sim a comparação (injusta) com o passado. Apenas quatro anos antes, Chris ainda era casado com a mãe de Becky, todos eles moravam na mesma casa e pai e filha viajavam diariamente para Tamarisk.

16 fevereiro 2015

Tiny furniture (filme)


Para os não habituados, o estilo da atriz e criadora de Girls, Lena Dunham, pode ser um pouco chocante. Além de não corresponder nem de longe aos padrões estéticos televisivos, Lena não tem muito apreço pelas convenções sociais e adora um bom oversharing – ou seja, compartilhar com os outros detalhes da sua vida considerados desnecessários pela maioria. E é isso que a faz fantástica.
Gosto muito da série Girls: embora algumas situações (como, por exemplo, a suposta falta de dinheiro das personagens ser magicamente resolvida de um episódio para o outro) sejam ireais, esse tom extremamente pessoal de Lena me agrada. Tiny furniture, o filme indie que a lançou para o sucesso, não é muito diferente – embora me faça crer o oversharing é o único truque que Lena Dunham tem na manga.

15 fevereiro 2015

Domingo preguiçoso: David Bowie por Seu Jorge

Esse GIF. Ah, esse gif, amigos. Agora saiam da hipnose e vão ler o post.

Adoro David Bowie, e como qualquer fã que se preze, tendo a torcer o nariz para a maior parte dos covers e me manter longe de versões. Estas, porém, feitas por Seu Jorge (artista que não desgosto, mas também não ligo muito para esse) estão tão fantásticas que merecem um cantinho aqui no Domingo Preguiçoso. Seguem minhas favoritas:
[A minha queridinha de David  Bowie, Space Oddity, infelizmente não ficou tão boa :( ]




Ouça o álbum inteiro aqui.

13 fevereiro 2015

The night shift (série)


Sempre falta um pouquinho de realidade nas séries médicas.

Não falo muito em termos de diagnósticos e cura – disso dificilmente posso falar – mas sim em coisas práticas. Mesmo nos melhores hospitais do mundo, dificilmente um House teria um caso só por vez. E o que falar das instalações de luxo de Red band society – hospital no qual nunca se ouviu a frase “você tem seguro de saúde?”.

Em The Night Shift, porém, os médicos esbarram com esse probleminha chamado realidade mais ou menos o tempo todo. Localizado em San Antonio, no Texas, o hospital no qual a série se passa é a única unidade de trauma na região, passa por uma situação financeira difícil e tem no exército o seu principal fornecedor de médicos. Para complicar a situação mais um pouquinho, não seguimos um turno normal, e sim o da noite, com acidentes mais complicados e expectativas mais altas.

11 fevereiro 2015

O senhor das moscas (livro)


Crianças são criaturas curiosas. Eu particularmente desprezo a lógica sob a qual elas são anjinhos de luz, inocentes e sem as corrupções do mundo adulto – os pequenos podem ser cruéis e vis a sua própria maneira – mas é fascinante as personalidades únicas que, sem as barreiras sociais impostas, os pequenos desenvolvem.

O senhor das moscas talvez seja uma história sobre personalidades infantis, diferentes e conflitantes, convivendo em uma situação limite. Cada um de nossos protagonistas tem um defeito mortal e uma qualidade que se sobressai: há Porquinho, inteligente, mas que se curva facilmente aos outros; Jack, um excelente líder, mas com sede de poder demais e Ralph, que sofre do mesmo defeito e tem como qualidade sua racionalidade.

09 fevereiro 2015

Vida de adulto (filme)


Neil Gaiman disse: “se você esperar inspiração para escrever, poderá até ser um poeta decente, mas nunca será um romancista”.

E isso me parece ter um fundo bem grande de verdade. Ao passo que romances são feitos de sangue, suor e lágrimas do autor, a poesia tem de ser inspirada e sair de dentro. Suponho que Drummond não cumprisse prazos de editores – e nem deveria: submeter sua criatividade poética ao tempo tiraria um pouquinho de sua grandeza.

08 fevereiro 2015

Domingo preguiçoso: Writing Majors (websérie)


Como seriam os escritores clássicos caso vivessem no século XXI? A websérie Writing Majors tenta responder isso: no formato de vlog, ela mostra o cotidiano de Jane, Oscar e Emily – ou, respectivamente, Jane Austen, Oscar Wilde e Emily Dickens – estudantes de escrita criativa nos anos de hoje. A websérie ainda tem poucos episódios, mas já nos apresentou personagens novos como F.Scott Fitzgerald (o cara de O grande Gatsby) e tem bastante potencial.

06 fevereiro 2015

5 dicas de escrita de Scott Westerfeld


Vários dos meus leitores daqui do blog são escritores, e meus posts sobre a minha própria escrita vem tido um retorno bastante interessante. Mas assim como o Jon Snow, eu não sei de nada, e por isso hoje inauguro uma categoria nova: dicas de escrita de (…), na qual compilarei dicas de alguns autores que admiro e têm uma ou trinta coisas a nos ensinar. Começo hoje com Scott Westerfeld, que me apresentou a distopia com sua série Feios e também escreveu o bastante esperado e meio metalinguistico Afterworlds. Preferi explicar o que entendi das dicas com minhas próprias palavras, uma citação ou outra inclusa. As fontes estarão no final do post.

04 fevereiro 2015

A sociedade do anel (livro)


Gostar de um livro e reconhecer suas qualidades são coisas bastante diferentes – eu não gostei muito da leitura de O processo, por exemplo, mas sei que é uma grande obra. Até então também vinha fazendo isso com o queridinho de dez entre dez loucos por fantasia, Tolkien, mas talvez eu precise mudar um pouquinho esse status.

Comprei a coleção completa de O senhor dos anéis há alguns anos: graças a uma conhecida no Orkut (!!!) fiquei sabendo do maravilhoso mundo de promoções do Submarino e arrebatando a trilogia, O hobbit e o Silmarillion por um preço que antes me pareceria impossível. Desde então, foram várias a tentativas de leitura da história que eu conhecia vagamente graças aos filmes (assistidos com minha mãe na não tão saudosa época dos videocassetes – tente “rebobinar” três horas de película), nenhuma levada até o fim.

03 fevereiro 2015

The 100 (série)



Só para constar, essa é minha 300ª postagem aqui no Distopicamente, YAY!

02 fevereiro 2015

Pride (filme)


A falta de união entre os movimentos sociais é uma coisa que ao mesmo tempo que me parece culpa de ninguém, me parece culpa de todo mundo. Mesmo que o discurso seja de igualdade (e é) nunca é fácil confraternizar com o “inimigo”, com o opressor, com aquela pessoa que agora precisa de ajuda, mas em outra ocasião facilmente te desprezaria.

É nessas questões que Mark, um dos protagonistas de Pride, esbarra. O ano é 1984, e a Inglaterra sofre com um período extremamente conturbado: os mineiros ingleses sofrem nas mãos de Margaret Tatcher, a dama de ferro, que recusa-se a ceder um milímetro que seja nas revindicações desses trabalhores. A escolha, em muitas pequenas cidades dependentes da mineração, parece bem simples – ou furar a greve ou morrer de fome.

01 fevereiro 2015

Domingo preguiçoso: ilustrações de 1984


1984 é um dos principais expoentes da distopia - e, consequentemente, um dos meus livros favoritos. A poderosa obra de Orwell fala de liberdade e política como poucos conseguiram, sendo relevante até hoje - a alegoria do Grande Irmão nunca deixará de ser usada como referência na cultura pop.