O filme As melhores
coisas do mundo foi o estopim que modificou meu conceito de filme para
adolescentes. Primeiro porque é nacional, algo raríssimo no gênero. Segundo
porque foge bastante aos clichês, tanto no enredo quanto no elenco – é bom ver personagens
adolescentes sendo feitos por atores adolescentes, e não por aqueles que há
muito passaram desta fase.
Conversando com uma amiga sobre isso, porém, ela apontou
algo estranho: o tanto de coisas que acontecem a Mano, o protagonista, ao mesmo
tempo. Isso chamou minha atenção para uma tendência nessas obras que retratam o
crescer de forma sensível. Sim, um de nós pode eventualmente descobrir que o
pai é gay, que o irmão tem depressão, a irmã está grávida, a namorada tem
câncer, perder um amigo tragicamente – e provavelmente uma dessas coisas vai
acontecer, além de milhares de outras variantes não tão adequadas ou
artisticamente interessantes – mas vários desses itens ao mesmo tempo? É mais
do que um ser humano pode agüentar.
Isso sem falar daqueles que são mais irreais ainda – a maior
parte de nós não é rico feito a Gossip
girl e seus temas de fofoca, desregrado feito os personagens de Skins muito menos possui poderes sobrenaturais. Não é que eu não
goste dessas histórias, mas de vez em quando é bom uma dose cavalar de
realidade, um trabalho de ficção que não se baseie em um ou mais eventos ruins,
e sim aquelas situações cotidianas de quem cresce.
Aí eu achei
The inbetweeners.