30 novembro 2012

Submarino + sorteio!



Oliver Tate gosta de livros, escrever e devaneios no meio da aula.

Se identificou?

É, eu também.

Um belo dia, ele decide que a bonita, reservada e não excessivamente popular Jordana Bevan seria a candidata perfeita a namorada – afinal, o único defeito aparente dela é um leve eczema e uma tendência a piromania. Basicamente, a garota dos sonhos de Oliver.

27 novembro 2012

O filho de netuno




Em O herói perdido (volume um da série Heróis do Olimpo, de Rick Riordan) Jason, herói romano do acampamento Júpiter e filho deste último ilustre, foi ao já conhecido acampamento meio sangue, aprendendo e lutando lado a lado com os heróis gregos.

Agora é a vez de Percy Jackson, filho de Poseidon e protagonista de Percy Jackson e os olimpianos, de perder suas lembranças: ele não se lembra de nada de sua vida antes da loba Lupa, a lendária figura romana, resgatá-lo e treiná-lo. Depois de uma jornada um pouco penosa, o rapaz chega ao acampamento Júpiter, tão diferente do que ele conhece que a amnésia é até conveniente.

24 novembro 2012

Amanhecer, parte II




Dez entre dez manuais de escrita rezam que para que um livro exerça aquele fascínio mágico e conquiste o leitor as páginas iniciais devem ser bem escritas e cativantes. Como leitora, já tive a oportunidade de provar isso: não confio em sinopses, então muitas vezes o primeiro capítulo folheado em uma livraria acaba sendo o juiz se comprarei ou não.


Com filme, a lógica também funciona – algumas cenas iniciais são simplesmente apaixonantes. A de Obrigado por fumar, por exemplo, é adorável, estruturada toda em forma de uma propaganda de cigarro dos anos 50, os créditos em caixas de cigarro. O monólogo de Mark Renton, em Trainspotting, se tornou uma das minhas quotes favoritas do cinema, sem falar das imagens mezzo assustadoras, mezzo poéticas que iniciam Melancolia.

E, estranhamente, a cena inicial de Amanhecer parte II também entrou para este seleto grupo. É,é.

20 novembro 2012

Gênesis



Uma dos aspectos mais marcantes da chamada “literatura de entretenimento” é a maneira com que se colocam cenas de ação e acontecimentos marcantes – o autor deve ser habilidoso o suficiente para distribuí-las de uma maneira tão boa que o leitor não consiga largar o livro (veja: GREEN, John em A culpa é das estrelas; WINSLOW, Don em Selvagens dentre outros).

Isso pode ser bom, já que cria uma literatura mais semelhante ao cinema, e, portanto, mais palatável para leitores menos concentrados. O problema (que não é uma catastofre ou calamidade como afirmam os pseudo-cults, mas sim uma pedrinha no caminho) é que  os chamados clássicos, que discorrem sobre as grandes questões humanas, dificilmente serão páreo para esses livros quando escolhidos por algum jovem que cresceu cheio de informação e rotulados, quase sempre, como chatos.

17 novembro 2012

Obrigado por fumar




Ao meu ver, boa parte da oposição ao politicamente correto (leia-se a ideia de alterar linguagens e costumes para que as mesmos não ofendam minorias, e não a cartilha) é feita por pessoas no mínimo preguiçosas, no máximo de fato preconceituosas, que em qualquer caso se recusam a admitir que os tempos mudaram e que o respeito é para todos, com pequenas coisas como palavrinhas e expressões sendo essenciais para quebrar um enorme e longo legado de opressão.

Em algumas (poucas!) coisas, porém, o politicamente correto cerceia a liberdade do individuo. A cruzada contra fumantes, bebedores (aliás, qual a palavra para quem bebe ocasionalmente, ou seja, não é alcoólatra?) e gordos, por exemplo, é algo que me irrita muito. Nos foquemos nos fumantes.

13 novembro 2012

Cidade de vidro



Encontrei-me elogiando Cassandra Clare em mais de uma ocasião (a saber, no  primeiro e no segundo volumes de Os instrumentos mortais, assim como na adorável As peças infernais aqui e aqui). Não retiro os elogios, mas o que teria ocorrido em Cidade de vidro? Estaria eu mais intolerante com os erros dos escritores que leio? Ou a queda brusca de qualidade foi a natural em autores de trilogias?

[Poderá conter spoilers de Cidade das cinzas.]

10 novembro 2012

Gattaca




Vincent queria ser astronauta.

No seu tempo, a tecnologia já está tão avançada que explorar outros planetas e lá estabelecer missões não é um sonho distante, e sim uma realidade diária. Os anos passam e a vontade de Vincent não. Na sua candidatura, entre notas perfeitas nos testes e uma determinação sem igual, há um problema: Vincent é um filho do acaso.

Além de conseguir explorar outros planetas, a tecnologia também levou a possibilidade de melhorias genéticas inacreditáveis. O jeito comum de se nascer na época de Vincent é por proveta, com genes escolhidos para saúde perfeita, inteligência e até mesmo talentos específicos – futuros pianistas, por exemplo, são gerados com doze dedos.

06 novembro 2012

A rainha do castelo de ar




Tenho protelado a leitura de A rainha do castelo de ar por um motivo bem simples: eu não quero que a série Millenium, uma das minhas preferidas, acabe - ao menos não para mim como leitora, já que, tecnicamente, não há como haver uma continuação.

Comecei a ler as aventuras de Mikael Blomkvist e Lisbeth Salander em 2011, por influência da mídia: muito se falava da adaptação americana para os cinemas, estrelada por Daniel Craig (falei dessa versão de Os homens que não amavam as mulheres aqui e da filmada por suecos aqui). Além disso, pipocavam notícias sobre a morte do autor, Stieg Larsson, ocorrida nas escadas do prédio onde ele morava – sessenta cigarros e litros de café por dia durante anos cobraram seu preço.

Embora essa não seja a impressão que fique (toques do editor, talvez?) Millenium estava programada para ter cinco, e não três livros. Aos leitores, só resta imaginar o que Stieg Larsson planejava e aproveitar o máximo possível os livros existentes. [A partir daqui, contém spoilers do segundo livro, A menina que brincava com fogo.]