21 março 2012

Suicide Room



Pois bem, aqui está mais uma das discussões nas quais não deveria entrar que citei no post anterior: a tal da “banalização” do bullying. Não é raro ouvir alguém dizendo “na minha época, todo mundo ganhava apelidos e ninguém se matava por isso” ou “hoje em dia, todo mundo sofre bullying”.
Meus caros, o sangue me sobe à cabeça nessas horas. Se ser agredido verbalmente (as vezes fisicamente) repetidas vezes no ambiente escolar fosse algo tão banal, não haveriam casos como o de Columbine. Claro que outros fatores influem e nem toda vítima de bullying tirará a sua própria vida e/ou a alheia, mas não vale a pena correr o risco. Nossos esforços anti-bullying não são exagerados, muito pelo contrário: são, até o momento, ineficazes. A “comparação” (tenho minhas dúvidas se correta ou possível de se provar empiricamente) entre gerações de vítimas de agressões em ambiente escolar também me faz respirar fundo: é óbvio que cada época conta com seus males e angústias, diferentes gerações têm diferentes níveis de sensibilidade – o calo lhes dói de forma completamente distinta das que a precederam.
E foi o bullying que instigou a depressão de Dominik, protagonista de Suicide Room: após beijar seu amigo graças a uma aposta, ele começa a ter dúvidas quanto a sua sexualidade. A oportunidade para piadinhas e brincadeirinhas levemente agressivas não é perdida por todos seus colegas na prestigiosa escola que freqüenta: a homofobia corre solta via Facebook, fazendo com que Dominik se isole dentro de seu quarto.

Uma família preocupada e presente poderia ter cortado o mal pela raiz, mas não é o que acontece: o pai de Dominik trabalha para o ministro, e sua mãe tem sua própria grife de moda, ocupações que fazem com que eles passem horas e horas fora de casa, malmente retornando a mesma para dormir. Quem na verdade percebe todo o problema de Dominik é a empregada da casa, que vê o garoto rejeitar as refeições e sem ir para escola por vários dias seguidos. Quando esta chama a polícia e Dominik é internado por ter se cortado, seus pais caem na real, mas não tanto assim: ao conversar com um psiquiatra, suas preocupações não parecem estar tão voltadas ao bem estar do seu filho, e sim ao seu desempenho nos exames finais da escola.
A situação se agrava ainda mais graças a amizade que Dominik tem com Sylwia, uma garota de cabelo rosa que não saí de casa há três anos e flerta com a ideia de suicidar-se com pílulas e álcool. Sylwia é criadora da Suicide Room, um local no jogo Second Life onde suicidas de todos os tipos conversam e planejam uma maneira de se suicidarem coletivamente.
Talvez quem tenha passado por isso se identifique, mas, na primeira metade do filme, eu não conseguia compreender porque a depressão de Dominik era tão forte, tão intensa. Se haviam razões? Sim, com certeza – como disse acima, não banalizo os sentimentos alheios e detesto quem o faz. Mas simplesmente fugiu à minha compreensão – não sei se por ignorância ou por erro do diretor.
Mas, a partir de um certo ponto, as causas e efeitos se tornam desnecessárias: Jakub Gierszal, que interpreta Dominik, é tão convincente em retratar a angustia e desespero do garoto que não precisamos de explicações – as coisas simplesmente se tornam, acontecem, são daquele jeito. Não cheguei a gostar de Dominik em nenhum momento (ele é bastante mimado e desagradável) mas a sua dor é tão genuína que, se não fosse a curiosidade por saber o final, eu teria pausado o filme logo no início de sua parte mais agonizante.
A relação entre Sylwia é um ponto muito bom: de forma sedutora, porém não intencional, Sylwia agrava a depressão de Dominik. Não sei dizer exatamente se Dominik amava Sylwia, mas, de alguma forma, a sua fragilidade fez com que ela se tornasse extremamente necessária para ele – Dominik simplesmente enlouquece quando ela ameaça o expulsar do Suicide Room. O fato de o diretor não usar esse pseudo-amor como redenção é bastante positivo: sim, eu acredito que o amor supere muitas barreiras, mas não o amor adolescente entre duas pessoas com problemas psiquiátricos graves e mal-trabalhados.  
O filme é fantástico. Mas eu não quero assisti-lo de novo, sob nenhuma circunstância: Suicide Room é um daqueles filmes que te deixam com um gosto ruim na boca, o gosto amargo de encarar a nossa própria fragilidade.

OBS.: Não sei se Suicide Room já foi lançado no Brasil, mas visto a dificuldade para encontra-lo, creio que ainda não. Aqui Dasty, do Spleen Juice, fornece alguns links para torrents, mas eu baixei aqui e foi relativamente rápido.


Nota: 5/5

37 comentários:

  1. Fiquei curiosa pelo filme. Mais um para a minha lista longa de filmes que quero assistir qdo a filhota crescer mais um pouquinho...

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  2. Não conhecia o filme, mas me chamou bastante atenção
    Fiquei muito curiosa

    Beijos
    @pocketlibro
    http://pocketlibro.blogspot.com

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  3. Não conhecia o filme, mas com certeza vou assistir.
    Vou ter que discordar um pouco de você. Concordo que bullying é um coisa séria, mas não concordo quando falam que a pessoa se suicidou ou matou alguém por conta disso. Passei a vida toda ouvindo piadas por eu ser magra, ainda hoje com 20 anos me encontro em situações ridículas por conta disso e sim, eu sofri muito por isso, mas nem por isso pensei em acabar com a minha vida ou com a vida de outra pessoa só por isso. Talvez influencie, mas não acho que seja só esse o motivo para as pessoas tomarem essas atitudes extremas.
    Enfim, ficar julgando é complicado né? Cada pessoa é de um jeito e se sente de um jeito com as coisas e não é pq eu não fiz loucuras que ninguém mais fará. Mas é difícil engolir essas conclusões.

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    1. mas é como você falou: cada cabeça, uma sentença. não dá para cobrar a mesma tenacidade de cada um, porque a singularidade que nos faz humanos. e não vale a pena correr o risco, achando que a pessoa x será do grupo que sofre, mas não faz nada sério depois de sofrer bullying...

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    2. Eu sofri bullying dos 8 aos 14 anos, 14 anos foi quando eu não aguentei mais e larguei os estudos (até hoje não consegui completá-los). Antes de largar os estudos, eu entrei em depressão e comecei a me cortar e desejar me matar, também já tive vontade de matar quem fazia bullying comigo, admito. Mesmo que eu tenha parado de ir à escola há 2 anos atrás, eu ainda sofro com depressão, comportamento suicida, fobia social e várias outras inseguranças. Sim, pessoas se matam e matam à outras pessoas por causa de bullying, não tampe os seus olhos para a realidade, existem diferentes graus de bullying, uma coisa é algumas pessoas fazerem piadinhas sobre seu peso, outra coisa é a sua sala inteira te odiar e desejarem sua morte (sim!), e cada um reage de uma maneira diferente.

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  4. Isabel, se tem algo que eu amo em seu blog é a diversidade de indicações que você nos impõe. É demasiado instigante porque, diferentemente de muitos blogs a fora, você se mostra adepta a falar sobre filmes (e livros) que não estão necessariamente na moda, mas que trazem consigo discussões sobre a sociedade e o meio em que vivemos. Parabéns, de verdade. Adoro ler os seus posts, e adoro a forma como você escreve e estabelece suas opiniões. ;)

    Sobre o filme... bem, eu de fato não o conhecia. Apesar de uma temática interessante e ao mesmo tempo angustiante, me senti extremamente empolgada e interessada em conferir esse curta metragem. Interessante, diferente, a apesar do amargo sabor (como você bem frisou), parece mesmo uma produção fantástica. Muito bom!

    Um abraço!
    http://universoliterario.blogspot.com/

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  5. Eu li sobre este filme em algum blog, não me chamou atenção. Tem filme que não faz meu estilo.

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  6. Quero assistir.
    Também não gosto de quem banaliza o bullying. acho que mau gosto, mas também uma grande ignorância.

    Beijos!

    Arte Around The World

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  7. Cara, o sangue também transborda em mim, fervendo, quando alguém solta uma dessas, de que ninguém se sentia ofendido com os apelidinhos na época deles. Parece uma justificativa para alguém que cometeu um monte de atos desse tipo, desmoralizantes. Mas heim, vamos falar do filme. Primeiro que o título me interessou muito e seus links me ajudarão a encontrar esse meu reflexo na internet. Curto temas assim, extremos, tabus, cortantes. A "estética" do suicídio e da dor emocional me atrai no cinema e na literatura. Demais. Vou assistir e comentarei contigo (e no Filmow) o que eu achei. Obrigaaado pela sugestão.

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  8. vou até pular os comentários sobre bullying porque particularmente já cansei de proferir minha opinião a respeito. parece que as pessoas perderam a noção de limite, e é isso que me incomoda. mas quanto ao filme: nunca assisti, e sério mesmo? nem tenho vontade. já tinha ouvido falar de Suicide Room e me parece um filme que apesar de me fazer pensar, vai também me deixar muito mal, exatamente como você descreveu, com gosto ruim na boca. Se tem uma coisa aparentemente boa é o fato de o ator ter conseguido transmitir através de seu personagem o sentimento de desespero e angústia sem precisar de maiores explicações. Mas definitivamente não parece o tipo de filme que eu assistiria por opção. :S

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  9. Gosto de histórias que me fazem pensar, refletir. Gosto mesmo. Mas depois de tudo o que você falou, eu provavelmente não assistiria. Não conhecia esse filme e acho que a história é provavelmente boa, mas não consigo sentir vontade de ver, sabe? Se fosse um livro, talvez eu lesse. Acho que às vezes a imagem é que incomoda, porque em geral ela persiste mais. Sei lá. É difícil de explicar.
    De qualquer jeito, parabéns pela resenha. Como de costume, está ótima.

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  10. É, já me falaram tanto desse filme que eu vou ter que ver rs
    Eu realmente odeio o second life, foi esse jogo que começou com todo o problema com a minha mãe, depois que ela se viciou nessa merda.
    Enfim, ninguém perguntou. Vou baixar o filme (assim que eu instalar o anti-virus no meu laptop novo rs)

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  11. Oi Isabel!
    Nunca tinha ouvido falar desse filme, acho que não estreou no Brasil não (ou foi direto para DVD). Mas parece ser bem tenso e relata uma situação muito comum.
    Bullying é algo que sempre existiu, mas só agora está sendo falado. Acho que a vida escolar é muito marcante e define a vida das pessoas (tenho 27 anos e sofri bastante no colegial, mas isso me fez ter outra visão de mundo hoje).
    Enfim... é um assunto que dá para discutir bastante e fiquei interessada no filme!

    Beijos,
    Sora - Meu Jardim de Livros

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  12. Como você, eu também assisti esse filme faz pouco tempo (obrigada por indicar meu post com os links para download!), porém, eu amei o filme, de verdade. Eu sinto imensa necessidade de assistir de novo. Também achei algumas partes da depressão de Dominiki beeem exageradas, mas eu nunca conheci uma pessoa com depressão profunda, então não quis sair julgando. De qualquer forma, eu adorei o filme. Gosto de temas profundos e sombrios, acho que por isso acabei me identificando um pouco mais que você.

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  13. aii então eu vi o filme já e ele é mtoo legal, eu adorei, mas não tm nada haver com os trailers que vão encontrar por aii... tm que assistir mesmo... ( não li a postagem mas vi que era em relação ao filme, então resolvi comentar :) enfim, só postei aquitbm pq vi muita gnt que se interessou no filme, e ele não é o que aparenta ser... slá..

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  14. No link, o filme é legendado?

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    1. ooi, no que eu baixei é sim, só que em inglês :/ vc pode procurar no opensubtitles em português caso queira, lá sempre tem :)

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  15. o filme é maravilhoso, vale a pena conferir galera ;)

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  16. alguém pode fazer o favor de mandar o link do Filme pra o meu email? (email) ewerton_sps@hotmail.com

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  17. por favor o que acontece no final do filme estava assistindo mas meu pc deu pau e perdi td e agora nao consigo baixar o filme,me digam o que acontece no finla,,,por favor,,,,obrigada...

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  18. Vi o filme e os minutos finais quando Dominik está a morrer, foi agoniante.
    Suicide Room é um filme forte, com temas pesados. Um filme pra jogar na cara de quem ve, na cara da sociedade o papel da familia, a sexualidade, o preconceito, o bullyng, a internet e esse jogos virtuais, o jovens e atitudes radicais, depressão e outros temas ai... Um filme trágico, impactante, que te faz refletir.

    Por mais que ele seja pesado, eu achei muito muito bom.

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  19. Eu assisti esse filme ontem, e foi a "pior" coisa que eu fiz no mundo. Sabe quando você se perde no próprio pensamento e não tem noção ALGUMA no que você mesma está pensando? Então... minha atenção ficara voltada ao filme durante todo o desenrolar na história. De fato, eu sabia que ele se mataria, era o óbvio, até mesmo pelo nome do filme. Mas a última coisa que eu queria ver, nesse história, foi COMO ele morreu, de fato. De overdose, eu sei... mas com pessoas o observando de perto, rindo, achando que era brincadeira. Cara, eu fiquei sem reação no momento em que o filme acabou, eu LITERALMENTE só fazia chorar, e no dia seguinte minha mente estava completamente avoada, sem entender o sentido de NADA. O filme é ÓTIMO e ao mesmo tempo HORRÍVEL, porque ele acaba com seu psicológico daqui prali :// mas é um filme muito bom, só não tenho coragem de ver de novo.

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  20. Oi :D
    Olhei o filme hoje e concordo com anônimo de cima! O filme meche com você, de verdade!
    Eu me auto-avaliei após o filme porque ele mostra uma realidade que por vezes, é muito distante da nossa, ainda mais que o protagonista tem a minha idade é muito fácil se ver no filme!

    -->http://www.videobash.com/video_show/suicide-room-parte-2-legendado-583137<--
    Observem os comentários! São várias pessoas assim! É algo muito estranho e até meio triste!
    Dá vontade de abraçar o Dominik e ajudar ele!

    Infelizmente tenho de escrever como "Anônimo" :(

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    1. Obs.: tem que clicar em "show more" para ver :)

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  21. Conheço muitas pessoas que sofrem\já sofreram bullying, e poucas delas me falaram que já tiveram vontade de se suicidar. Não existe um motivo para vc ser depressivo, muito menos para se suicidar. Normalmente as pessoas que sofrem de depresão severa tem pré-disposição a isso, e um pequeno acontecimento pode gerar grandes acontecimentos, até porque pessoas depressivas tendem a pensar muito mais sobre assuntos que para nós (ou para vcs, enfim) são banais. Então não é necessário ter um motivo.
    Quanto ao filme, eu realmente me impressionei: eu sou bem severa em questão de filmes, mas adorei! Me apeguei tanto a Dominik que foi realmente dificil parar de chorar. Primeiramente porque me identifiquei com ele, mas além disso, porque ele nós mostra como um adolescente que tem tudo para ser perfeito, pode acabar em ruínas. A resenha foi otima, parabéns!!

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  22. Eu tenho esse filme legendado, é muito bom
    por alguma coisa, assistir ele só me fes enlouquecer um pouko mais

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  23. Sou apaixonada por esse filme, mas sempre que penso em ver de novo (na verdade acho que já vi 2 vezes) me da uma coisa estranha. Mas ao contrário de você eu fiquei meio "in love" com Dominik. Apesar de achar que ele poderia ter sido mais forte.

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  24. Um blog para pessoas com tendencias suicidas poderem conversar,baseado neste filme
    http://suicideroom004.blogspot.com.br/

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  25. antes deu assistir o filme suicide room eu era ja depressiva estou ficando mais do filme

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  26. eu ja assisti,é exatamente o que ela disse,o filme faz voce pensar e te deixa mal

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  27. Quero saber se eleeee morre no final???

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  28. Concordo plenamente com o que você disse, é simplesmente muito real o sofrimento dele,o decorrer do filme nos deixa com uma sensação de desespero de não poder ajuda-lo, fiquei mais emocionada ainda por identificar nele algumas ações que vejo em minha irmã e ainda se não bastasse o final ficou empreguinado em minha mente por ser mãe...
    Resumindo... é uma triste realidade que não queremos enxergar.

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  29. Nossa esse filme e demais, sabe ele fez meu psicológico ir a mil, eu como adolescente me vir em alguns momentos do filme em Dominik ver sua dor e não poder ajudar, e achar que ele fosse sair dessa maldita dor que seus amigos o deixaram .
    Mais não , ele apenas deixou sua marca no mundo de dor e tristeza e quero agradecer ao escritor, diretor pelo incrível filme que não sai da minha cabeça.....
    infelizmente tenho que escrever como anônima sobre esse fantástico filme.

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