14 janeiro 2012

L7: Anna e o beijo francês


Confesso ter certo preconceito com livros YA que não têm o que chamo de “algo a mais” – falo de distopias, situações pós apocalípticas ou um toque de sobrenatural ou fantasia. Digo isso porque a probabilidade do tal livro (quando se mistura a faixa etária do público alvo e a falta do toquezinho de irrealidade) ser um romance açucarado, com uma protagonista dramática demais ou obcecada (alerta para clichê americano!) pela tal da popularidade é grande.
Mas Anna e o beijo francês estava dando bobeira, muita gente na blogosfera YA falou bem e eu estava entediada: isso, somada a qualidade e leveza do livro, me fez lê-lo de uma noite.
Anna, a protagonista, é obrigada por seus pais a ir estudar em um internato em Paris. A primeira vista, não entendi do que ela tanto reclamava (pô, Paris ainda é Paris!), mas só aí vi o quão complicado era: em Atlanta, sua cidade natal, ela estava em sua zona de conforto, com amigos, uma escola que ela aprendera a suportar e um emprego que, além de oferecê-la o próprio dinheiro, oferecia também a visão de um colega gato.
Contudo, a mudança para a cidade luz era inevitável, e lá foi ela, que começou com sorte: logo fez uma amiga, Meredith, e esbarrou com o lindo Étienne St. Clair, que rapidamente se torna objeto de seus sonhos. Mas é claro que haveria uma complicação: Étienne namora há mais de um ano com Ellie, estudante de fotografia e amiga de todo o grupinho pelo qual Anna foi adotada.
Mesmo começando com uma ideia um pouco batida, Anna e o beijo francês surpreende: é uma delícia conhecer Paris junto com Anna e Étienne, que usando como desculpa falta de habilidade linguística dela, a acompanha em vários dos monumentos que tornam a cidade dos apaixonados especial.
Além disso, Anna não é uma protagonista chata e Étienne não é um mocinho perfeito: ambos possuem seus momentos. Anna é divertida, não é bonita ou inteligente de forma forçada, tem outras razões para viver que não garotos (sim, estou falando de algumas mocinhas de Meg Cabot) e manias que, dependendo da ocasião, podem ser fofas ou irritantes. Já Étienne St.Clair, apesar de ser um pouquinho legal demais no começo – acho meio utópico existir um cara bonito, super inteligente, culto, amigo de todos e com um sotaque legal – acaba mostrando seus defeitos nos primeiros capítulos.
É esse tipo de YA que sinto um pouco de falta no mercado: um livro que (mesmo com a leveza e temas típicos de “jovens adultos”) não me faça querer jogar o livro num canto e ir ler algo mais real.
Nota: 4/5

1 comentários:

  1. Eu amei esse livro um dos meus favoritos. Acho os livros bm parecidos mesmo, mas esse eu amei. Eu adoro os da Meg e não acho tds parecidos.

    Bjs

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