Eva Abelar é uma das maiores especialistas do mundo em
sonhos lúcidos. Embora talentosa e dedicada, ela é ridicularizada pela comunidade científica graças a abordagem pouco ortodoxa de suas pesquisas – e que “vingança” melhor do que ser
convidada a trabalhar para a Yume, uma das maiores e mais sérias empresas do
mundo? Poderia ter sido uma enorme vitória.
Poderia.
Mas as circunstâncias não são exatamente propícias para uma celebração. Dias
antes, durante uma conferência em Viena, Eva havia recebido as notícias de duas catástrofes: a de que Anna, sua irmã, se jogara de cima da cobertura onde
morava e que Joachim, seu filho de sete anos (autista e entregue aos cuidados
da tia durante a viagem da mãe) desaparecera.
Diante da falta de respostas da polícia e pressentindo uma conexão entre a morte de Anna, o desaparecimento de Joachim e a Yume, Eva então faz o inesperado: aceita a proposta. Sua missão: ocupar o posto da irmã
na equipe do DreamGame, empreitada inusitada da Yume que permitirá aos seus
usuários que sonhem no mais real e ilimitado ambiente que existe: seus sonhos.
Às vezes algo me marca tanto em um autor que acabo
(geralmente só na minha própria cabeça) denominando determinado conjunto de características
com seu nome. O sonho de Eva foi
completamente “Dan Brown”, porque assim como os livros do escritor americano:
a) parece ter exigido uma quantidade estupenda de pesquisa;
b) tem uma narrativa construída de forma a prender o leitor
ao livro – mesmo em partes não essenciais para o enredo, é impossível não ter curiosidade
quanto ao que acontecerá depois;
c) e, por fim, um enorme defeito: ao mesmo tempo que o autor cria
personagens femininas fantásticas e talentosas, ele abertamente as “objetifica”. Explico: tudo
bem, eu entendi que Eva é uma mulher bastante bonita – e que isso é importante
para a história em certo ponto – mas creio que dizê-lo uma ou duas vezes no
decorrer do livro seja o suficiente. Uma menção ao fato em cada página é, no
mínimo, desnecessário.
Mas deixe que eu esclareça algo: embora ambos os autores
tenham vários pontos em comum, Chico Anes é infinitamente superior em alguns
pontos. Sua prosa flui melhor, alternando momentos reflexivos e de ação
habilidosamente. Além disso, menções aqui e ali ao passado que Eva gostaria de
esquecer fazem com que o livro pareça um quebra-cabeça bem complicado, mas que
teimamos em montar e vibramos com o resultado final.
Falando em final, não gostei da maneira com que o livro terminou: foi bastante
corrida e passível de continuação. Sinceramente? Sempre digo que não gosto
muito de séries literárias; que cedo ou tarde elas me decepcionam. Mas não
reclamaria de uma para O sonho de Eva:
assim como um sonho "de verdade", sinto que foi rápido demais. E quero dormir de novo, para ver se consigo voltar.
O poder da resenha... você conseguiu me deixar interessada na leitura. Mas como sou pobre e só posso comprar um ou dois livros por mês E tenho uma wishlist a qual me prendo fielmente, não poderei colocar este livro na lista(tenho medo de aumentá-la). Mas se acontecer de achar na biblioteca, eu leio!
ResponderExcluirEu adorei este livro, flor! Tive a mesma sensação: montar o quebra-cabeça, leitura que flui e que prende...
ResponderExcluirBeijo grande :*
Nossa, eu adoro livros que requerem pesquisas dos autores porque tudo fica tão mais real e tão mais sério. Eu realmente adoro isso. Este é um bom livro pra se investir.
ResponderExcluirBeijos. Tudo Tem Refrão
Ei Isabel!
ResponderExcluirGostei muito desse livro, também acho que ele fez toda uma pesquisa para compor o enredo. Algumas das teorias dos sonhos são bem interessantes. Realmente a toda hora era citado como Eva era bonita e atraente, também achei desnecessário toda hora era informação. E sim, também achei o fim, principalmente as últimas páginas muito corrido.
Beijos :D
Dormir de novo pra ver se consegue voltar, hehe. Eu estava querendo muito ter sonhos lúcidos enquanto lia esse livro. Achei que o final foi muito corrido também, mas fiquei feliz do modo como terminou, e acho que não caberia ali uma continuação - como você disse, elas às vezes nos decepcionam. Infelizmente. E os autores estão adorando a ideia de fazer séries de TODOS os seus livros ultimamente >.<
ResponderExcluirAdorei sua resenha, comparando com Dan Brown.
Beijo.
Que resenha linda!!! Só a sinopse deste livro me fez desejalo intensamente, e sua resenha só fez esse desejo aumentar! parabéns, digo novamente, adorei a resenha, está maravilhosa. O B- foi por algum motivo especifico ??
ResponderExcluirxoxo
http://amigadaleitora.blogspot.com.br
Maei a resehnha! nunca ouvi sobre este livro, mas posso procurar por mais que prefira terror e coisas A+" ahhahahahahah! AMEI AMEI AMEI seu layout! MESMO" foi vc q fez? o estilo do blog, o lay, o texto tudo perfeito! meu blog é novo...pode dar uma passadinha la?
ResponderExcluirHey, Isabel (: Poxa, adorei a resenha! Você sabe escrever e expor suas opiniões e críticas tão bem que eu fico *O* haha Vejo todos falando muito bem desse livro e falam realmente que o autor pesquisou muito. Com certeza lerei (: *e o kit é tão fofo* Beijos http://doceescrita.blogspot.com.br
ResponderExcluirBah, nem me liguei em comparar Chico com Dan, mas lendo seu post, os pontos citados são bem parecidos mesmo, mas eu só li um livro do Dan. Enfim, eu até gostei do final, não lembro de tê-lo achado corrido, mas uma continuação? É, talvez fosse legal, mas é como a Gabi comentou, tem muitos livros virando séries, já chega disso '-' rs
ResponderExcluirBeijos
Meu outro lado