Submarino + sorteio!

Oliver Tate gosta de livros, escrever e devaneios no meio da aula.

Se identificou?

É, eu também.

Um belo dia, ele decide que a bonita, reservada e não excessivamente popular Jordana Bevan seria a candidata perfeita a namorada – afinal, o único defeito aparente dela é um leve eczema e uma tendência a piromania. Basicamente, a garota dos sonhos de Oliver.

Mais rápido do que ele esperava, Oliver e Jordana começam a namorar e tudo são flores e filmes de super 8 durante algum tempo. Nem mesmo a reserva dela quanto a sua vida pessoal é um problema – Oliver adoraria conversas filosóficas sobre família se não acreditassem que seus pais estão à beira do divórcio.

Não sei muito bem o que pensar sobre Submarino. O aspecto visual, fotografia e trilha sonora do filme são adoráveis, assim como os personagens. No início, eu detestava o fato de que não sabíamos nada sobre Jordana além do seu eczema, personalidade bullie e corte de cabelo fofinho, mas acreditem: o motivo para isso é bom o suficiente.

Seria egocêntrico revelar que eu também?

E o que falar de Oliver? Quem lê minhas resenhas há mais tempo sabe que sou um pouco chata quanto a verossimilhança dos personagens – detesto quando eles são legais demais para existir, tipo Hazel de A culpa é das estrelas ou Clementine de O brilho eterno de uma mente sem lembranças.

Porque é uma crença geral de que se você colocar várias características estranhas nos seus personagens eles vão se tornar completamente legais e peculiares – o que não é bem verdade. É como aquele hábito pré-adolescente de procurar bandas desconhecidas por horas na internet só pela remota possibilidade de poder dizer “eu já conhecia antes de fazer sucesso!” para seus amigos invejosos em um futuro próximo.

Só que a mágica estilo Chuck Palahniuk se operou em Submarino, e abracadabra: Oliver não é portador da síndrome do special snowflake, esse mal que atinge nove entre dez personagens de filmes e livros “alternativos”. Todos os seus defeitos, qualidades e gostos estão bem no lugar, sem excesso.

Depois de tantos elogios, porque eu disse que não sei o que pensar sobre Submarino? Pois bem: a história. Garoto tentando lidar com a primeira namorada e problemas familiares é, err, um pouco batido. Tudo bem que Submarino faz isso com cenários e personagens totalmente fora do comum, mas os elementos e andamento do enredo poderiam se encontrados na sessão da tarde fácil fácil.

Por mais que eu deteste romances melosos, porém, Submarino chega facilmente ao B+: afinal, na sessão da tarde não temos sotaque galês, personagens legais ou cenas em super 8.

Psiu, não feche a página ainda. A editora Intrinseca de novo disponibilizou gentilmente um mimo para sorteio: um kit super fofo do maravilhoso A culpa é das estrelas, do Jonh Green, que resenhei uns tempos atrás aqui. O kit contém bolsa, marcador, pingente, pulseira e bottom (fotinhos aqui e aqui) e será enviado diretamente da editora. O/a vencedor(a) terá 48h para me responder via Facebook depois do sorteio. Participem!

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