13 março 2013

[FILME] Serenity




No universo de Serenity, a tecnologia permitiu o desenvolvimento do processo de terraformação, ou seja, transformar um planeta inóspito qualquer em compatível com a vida humana. Os mais proeminentes desses planetas formaram a Aliança, governando todo o universo através de um parlamento. Alguns povos, porém, não queriam manter-se sob o julgo de tais tiranos (sua missão civilizadora se dava mais ou menos da mesma maneira que os colonizadores nas Américas), declarando independência e começando guerras – todas elas vencidas pela Aliança.

Mal é um ex-voluntário do exército rebelde, vivendo agora de uma ocupação bem menos nobre. Uma espécie de “pirata do espaço”, o antigo soldado saqueia a Aliança de planeta em planeta na sua nave, a Serenity, constantemente quebrada. Como inimigos (além das autoridades, é claro) ele tem os Reavers, criaturas feitas de ódio que, embora sejam semelhantes aos humanos na aparência, tem uma infindável sede de sangue e carne. Sim, eu também achei os Reavers risíveis no começo, mas quando detalhes da origem dessa “espécie” ficam claros, as coisas se tornam mais aceitáveis.



A sua tripulação fixa é composta de Zoe e Walsh, um casal de pilotos; Jayne, um especialista em armas meio louco e Kaylee, uma jovem mecânica. Como é de se esperar de filmes de gênero, a personalidade de nenhum deles é desenvolvida, o que não faz muita falta – as vezes arquétipos puros e simples não matam. Uma explicação adicional também foi me dada em uma rápida pesquisa pelo Google: Serenity é um spin off da série (um fenômeno nerd que por razões desconhecidas foi cancelada) Firefly, onde mais explicações sobre o passado de cada um devem ser dadas.



Mal também tem em sua nave dois convidados bem peculiares. River foi uma aluna brilhante, sendo assim escolhida para participar de um programa especial da Aliança – que lhe deu poderes paranormais e habilidades eximias de combate. Seu irmão, Simon, é um jovem médico que largou o que poderia ser uma carreira brilhante para resgatá-la, e agora se esconde com os proscritos da Serenity – coisa que muito preocupa Mal: ele não quer colocar ninguém em mais período do que o necessário.

Serenity não é um filme extraordinário, mas é bem bolado, proporcionando bons momentos de diversão. O cenário tem alguns anacronismos propositais, que lhe dão uma estética incrível na mesma vibe de Gattaca. O roteiro é bem feito, sem momentos de tédio ou de pura ação que podem estragar facilmente um filme desse gênero. No final, Serenity é menos sobre River ou pancadaria intergalática, e sim sobre a única coisa que de fato muda a humanidade: lutar guerras perdidas.

4 comentários:

  1. Isabel, eu adoro Firefly, o conceito de faroeste espacial foi muito bem explorado e é mesmo uma pena que não tenha ido para a frente, e eu concordo com o Whedon, quando ele diz que seu erro foi escolher mal uma emissora para o projeto, que era bem diferente do que se espera de uma série de ficção científica - com assim as naves não tem som de turbinas no espaço? Muita gente estranhou isso, apesar de ser assim que as coisas funcionam na "vida real".

    Com o fim precoce da série eu fico esperando o genial Whedon se envolver com algum novo projeto - ele é um cara legal ao ponto de aconselhar, durante um evento, o JJ Abrams aproveitar seu bom momento com Lost, pois a indústria tinha memória fraca, e isso logo acabaria. Deu no que deu.

    Dois abraços, bateu uma saudade daquelas de Firefly ;)

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  2. Ain.. arrasou na resenha do filme,
    confesso que nunca tinha ouvido falar, mas gostei bastante do que tu dissesse
    Quem sabe eu assista, parece ser bom

    Beijos

    PS.: Lá no blog tem resenha do filme dezesseis luas que vc comentou o livro aqui

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  3. Olá
    Não sou tão ligada assim em filmes, então não conhecia.
    Mas gostei do que você disse a respeito dele, vou ver se assisto um dia desses para ver qual é minha opinião.
    Beijos

    cocacolaecupcake.blogspot.com.br

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