23 janeiro 2015

Red band society (série)


Eu resisto em dizer que o bestseller e adaptação de bilheteria milionária A culpa é das estrelas é sobre adolescentes doentes. Ao descrever a obra para algum parente ou amigo talvez venha como algo natural mencionar que Hazel e Gus tem câncer – mas ao contrário do que nosso amigo Nicholas Sparks pode dizer sobre seus livros, é muito mais do que isso.

Red Band Society também. A adaptação americana da série espanhola Polseres Vermelles (que comecei a assistir mas não gostei muito: talvez o catalão não seja para os meus ouvidos) se passa entre as paredes de um hospital, contando a história de um grupo de adolescentes internados na ala pediátrica.


Os problemas deles são vários: temos como paciente mais antigo Charlie – que também é o mais novo e nosso narrador. Narrador um pouco inesperado, eu diria: o garoto está em coma desde que sofreu um acidente. Mesmo assim ouve tudo, contando ao espectador o dia a dia do hospital.

Depois há Leo: o antes promissor jogador de futebol possui osteosarcoma, um câncer que levou uma de suas pernas. Ele divide o seu tempo entre arrumar confusão com seu melhor amigo e também paciente do hospital, Dash, que tem um grave problema nos pulmões, e ter um namoro bastante inconstante com Emma, uma anoréxica viciada em estudos e que tem, de todos eles, a recuperação mais lenta e difícil.


É claro que se falamos de uma série desse tipo há sempre de haver um recém-chegado. Nesse caso temos Jordi: com o mesmo problema de Leo, ele dirigiu do México até os Estados Unidos para se tratar com o dr.McAndrew, renomado médico do hospital. Outra nova paciente também é Kara, uma líder de torcida mandona e irascível com um problema no coração tão grave que pede um transplante – que ela dificilmente vai conseguir por ser, nas palavras dos médicos, uma “candidata ruim”, graças a sua personalidade e a seus hábitos de uso de drogas.

Não espere nada muito médico em Red Band Society – só ouvimos falar das doenças de cada um dos pacientes quando eles necessitam de algum tratamento ou tem alguma crise, estas constantemente causadas pelas “traquinagens” feitas. Que aliás, são muitas: cada episódio traz uma nova pequena missão para os membros da Red Band Society, a fim de tornar a vida no hospital menos difícil e tediosa.

Os médicos e enfermeiros, porém, não estão ali só de decoração: temos também ótimas histórias vindas deles, principalmente da Enfermeira Jackson, responsável pelos nossos personagens, que os trata com extremo carinho.

Como defeito do programa, eu apontaria o desenvolvimento da personagem de Emma: só nos últimos episódios os produtores se arriscam a tocar no assunto complicado que é a sua doença. As instalações riquissimas do hospital podem incomodar também alguns mais afeitos à realidade crua.


No final, a série é sobre uma coisa muito simples: adolescentes, tentando viver a vida da melhor maneira possível dadas as circunstâncias. E por isso funciona tão bem – independente de idade ou condições de saúde, não estamos todos? Talvez seja esse o segredo de John Green, e talvez seja esse o segredo de Red Band Society.

1 comentários:

  1. Que Lindo!!! Conheci o Blog hoje e já amei! Foi em uma de minhas "caças" para saber mais a respeito de Red Band Society, que está sendo minha serie favorita! Pena que não há segunda temporada :(
    Mas amei sua resenha da serie!
    E o blog é muito lindo, fofo, cute, demais, power! Sério, AMEI!!
    Se quiser visitar meu blog, fique a vontade
    www.allonsycompanion.blogspot.com.br

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