O background do blog dá uma ideia de o quanto gosto da obra de
Quentin Tarantino. Como mera espectadora que assiste filmes por pura diversão,
não sou muito de analisar seus aspectos mais técnicos, como a direção, mas
eu assistiria
com prazer até um vídeo caseiro bobinho do natal de Tarantino.
Ele é como o Chuck Palahniuk (resenhas de livros dele aqui e aqui) do cinema: seus personagens são ao mesmo tempo únicos e reais, sem aquela
coisa meio forçada estilo Clementine. Os diálogos versam sobre coisas banais
como a influência do sistema métrico no nome dos sanduíches do McDonald’s ou o
significado da música Like a virgin, mas são essas banalidades pontuais que o
tornam genial ao ponto de você se perguntar “como eu vivi sem assistir isso?”.
Na verdade, um dos grandes problemas que vejo em filmes (e
em alguns livros também) é que tratamos personagens como se eles fossem
alienígenas, como se não fizessem coisas que qualquer um de nós faz – e sendo a
arte um retrato e parte da realidade, esse é um furo enorme que urge ser
corrigido. O fato dos personagens de Tarantino conversarem besteiras entre si
assim como você conversa com seus amigos pode assustar os mais tradicionais,
mas causa uma aproximação única e necessária.
Em Cães de aluguel
não é diferente. Um grupo de assaltantes contratados para roubar uma joalheria
descobre o que creio ser o pior que um grupo de assaltantes contratados para
roubar uma joalheria possa descobrir: há um “rato” (ou “dedo-duro”) entre eles.
É uma conclusão fácil de se chegar depois que um banho de sangue se dá no que
deveria ser um trabalho fácil, limpo e rápido, e a tensão de já ter perdido
alguns companheiros se mistura a possibilidade de irem (alguns pela terceira ou
quarta vez) para prisão.
Eles não se conhecem – na verdade, nem sabem os nomes reais
dos colegas, chamando-os por codinomes de cores – portanto não sabem quem teria
razões para avacalhar o roubo. Mais do que uma jornada em busca do “rato”,
mergulhamos nas trajetórias de cada um dos personagens – até finalmente
chegarmos no objetivo inicial.
Não que livros e filmes lineares sejam ruins, mas fazê-los
(bem) começando pelo final denuncia uma habilidade ímpar. E é essa palavra –
ímpar – a única que se encaixa nesse caso.
Difícil escolher qual o melhor pôster de Cães de Aluguel (tantos os originais quanto os fan-made). Na verdade, eu poderia fazer um post só para eles. Mas eis alguns para a apreciação:
Bel, a produção parece ser mesmo muito boa... seus argumentos me instigaram, até pq eu nem conhecia, sério. Vou buscar ver. Ah! A postagem ficou excelente... adorei!
ResponderExcluirUm abraço!
http://universoliterario.blogspot.com.br
Oi Isabel, eu me sinto uma inútil quando vejo esses posts de filmes e penso que nunca soube o nome do diretor dos que eu assisti o.Õ
ResponderExcluirMas depois acabo descobrindo que tenho alguns favoritos, mas meio que sem querer ;x
Ainda não assisti esse do Tarantino, mas parece mesmo muito bom. Eu adoro quando a história fica um tanto natural.
Beijos
Começando pelo fim do post: acredito que a maioria dos pôsteres dos filmes são feitos por fãs, porque são realmente muito bem feitos, haha! Geralmente o pessoal do filme faz aqueles pôsteres mais clichê, e quando aparece algo fora do comum eu acho que não é coisa deles xD
ResponderExcluirAcho interessante quando os personagens tem papos "bobos", porque consigo me identificar mais com eles. Personagens não são deuses, afinal (exceto, para mim, o Sr. Darcy de Orgulho e preconceito, que É um Deus! hahah).
Vou assistir esse final de semana - se der tempo >.<
Adoro esse filme e amei o poster de crayons *O*
ResponderExcluirOlá Isabel!
ResponderExcluirSe eu te falar que nunca ouvi falar desse filme, não é mentira. Sua análise a respeito dele ficou excelente! E ente os pôsteres apresentados no post, o meu favorito é o de crayons. Anotarei sua dica para matar a minha curiosidade o quanto antes.
Boa semana!
Beijos ;*
Eu também jamais tinha ouvido falar sobre o filme, e ainda que a história não tenha me parecido muito legal, por culpa do seu post eu realmente estou querendo assistir! :D
ResponderExcluirNunca tinha ouvido falar desse filme e agora estou morrendo de vontade de assistir, a historia parece ser bem legal e você falo tão bem dele que provavelmente irei assistir ele logo logo *-*
ResponderExcluirBeijos.
Esse filme é MUITO BOM. São poucos que conseguem conduzir um filme com tanta maestria.
ResponderExcluirEi Isabel, estou doida para ler sua resenha de Cosmópolis. Não deixe de avisar quando postar!
Um beijo,
Luara - Estante Vertical
"O fato dos personagens de Tarantino conversarem besteiras entre si assim como você conversa com seus amigos pode assustar os mais tradicionais, mas causa uma aproximação única e necessária."
ResponderExcluirOlha, faz o seguinte: vem pro Rio de novo e casa comigo, porque meninas como você estão em falta. Na verdade, acho que nem produzem.
Tarantino bebe de fontes muito psicotrópicas + banais + humanas + cinquentistas + orientais + emocionalmente espectrais e isso me fascina demais! E esses pôsteres, cara, tô me arriscando a fazer alguns do gênero, usando vetores, texturas, limpando os dedos com cores... não do mesmo filme, claro (até porque fica difícil competir), mas tô na onda. É inspirador.
E, enfim, esse mês vou postar minha primeira resenha pública de livro. Quando fizer, vou mandar pra você ler e aconselhar, porque, né.
Nem revisei o comentário, como de costume. Beijos enormes (casa comigo, pls).
Caramba, uma coisa desse post me chamou bastante atenção... você falou que vemos os personagens como alienígenas e é verdade, eu sempre os vejo fazendo coisas que eu nunca faria porque não seria real, mas na verdade tudo pode ser real, menos voar e estudar em Hogwarts, sei lá... não recebi minha cartinha :// Mas enfim... adorei o post.
ResponderExcluirBeijos. Tudo Tem Refrão
Nem assisto tantos filmes do Tarantino assim
ResponderExcluiracho que assisti os dois Kill Bill e foi por causa de toda aquela época que a Lady Gaga tinha lançado Telephone baseado no filme e eu peguei os dois e vi numa tarde, achei divinos, as cenas e os diálogos são lindos
quem sabe um dia assisto esse aí
adorei os pôsters fan made
Beijos
Também adoro os filmes do Tarantino. Cães de Aluguel é meio podre(em termos de visual), mas tem uma boa história e personagens carismáticos e é isso que amo nos filmes dele. Também gosto dos diálogos a la Tarantino. Aquela conversa que o Bill tem com Beatrix no segundo filme é uma de minhas favoritas. E outro charme extra nos filmes dele é a trilha sonora.
ResponderExcluirQue bom que você gostou de North & South.
Oi Isabel!
ResponderExcluirNão conhecia esse filme, não faz meu gênero. Já a capa também não gostei muito, mas talvez ao ver poderia entender melhor, mas a penúltima achei legal...
Beijos :D