9 personagens mais frustrantes + resultado da promoção!

Provavelmente por minha falta de costume, listas são os posts que mais me dão trabalho – mas não deixam de ser divertidíssimas de fazer. Ao ver esse tema proposto pelo meme Top Ten Tuesday (ignorem o fato de que só tem nove itens aqui) eu não poderia deixar de fazê-lo, mas tive um probleminha: qual das definições de frustrante usar? No final, acabei me decidindo por aqueles com potencial, mas que de uma maneira ou de outra, acabaram com minhas expectativas.

É isso.

9 – Daenarys Targaryan, da série As crônicas de gelo e fogo

Daenarys começou como uma personagem bastante interessante – uma possível herdeira do trono de Westeros tentando se livrar das garras do irmão controlador. Da metade de A guerra dos tronos em diante, porém, a arrogância dela (“eu sou do sangue do dragão!”) me fez querer abandonar a leitura.

OK, não. Mas mesmo assim.

Tio George, porque ela tá na série, hein?

8 – Lou, de A visita cruel do tempo

Em A visita cruel do tempo – um dos melhores livros que já li na vida – seguimos um personagem por capítulo, mas Lou, um famoso produtor musical, é quase onipresente, representando tudo de ruim do mundo da fama. Nessas quatro ou cinco aparições, temos a imagem de um homem que não merece o ar que respira, destruindo os filhos, acabando com as ex-esposas e apresentando adolescentes influenciáveis a drogas pesadas. Lou só não está em uma posição mais elevada nessa lista porque é com ele que as habilidades fantásticas de Jennifer Egan de misturar passado/presente/futuro se mostram mais.

7 – A família Reed, de Jane Eyre

Jane Eyre é a biografia de uma órfã da sua infância até a vida adulta. Essa primeira foi passada em parte na casa do irmão de sua mãe, o amável Sr.Reed. Com a sua morte, porém, ela foi deixada nas mãos da tia e dos primos que a odeiam, culpando-a de todos os males ocorridos na imensa e rica propriedade. 

Mesmo com a comida escassa e os uniformes frios e piniquentos, a partida de Jane para um rígido colégio de caridade é um alívio e a punição (as irmãs Brontë são completamente moralistas e Charlotte não deixaria isso passar) dos Reed, merecida.

6 – Bella, da saga Crepúsculo

Todos nós conhecemos a historinha da humana que se apaixonou pelo vampiro – e a premissa é em parte cativante. A saga poderia até ser boa caso Stephanie Meyer tivesse se dado ao trabalho de criar uma protagonista menos "donzela em apuros", sempre dependente do namorado e do melhor amigo. Apesar do milagre feito pela roteirista no último filme da saga, isso não ajudou muito Bella: diante dos vampiros carismáticos ficou ainda mais sem sal.

5 – Edward, da saga Crepúsculo

Aqui já é caso de polícia, ou de psiquiatra: a obsessão do vampirinho pelo amor de sua vida ultrapassa todos os limites da sanidade e do bom senso. O ápice é quando ele a proíbe a visitar seu amigo em Lua Nova (!!!) – qualquer semelhança com casos punidos pela Maria da Penha é mera coincidência. Mesmo com meu tom pseudo-jocoso, é triste: Edward e Bella são um modelo de relacionamento para muitas meninas por aí...

4 – Min, de Por isso a gente acabou

Minha decepção com Por isso a gente acabou foi monumental – finalmente entendi porque autores escrevem sob pseudônimos e com seus nomes reais – e Min é parcialmente culpada por isso. Na carta para seu ex imbecil, Ed, ela discorre longamente (aproximadamente o livro inteiro, descontadas as ilustrações) sobre o namoro dos dois. É nessa que vemos uma menina legal e fã de cinema se transmutar na namorada zumbi de um jogador de basquete – só faltaram os pompons e o uniforme de cheeleader.

3 – Clementine, de O brilho eterno de uma mente sem lembranças

Segundo o vídeo da série TropesxWomen do canal Feminist Frequency (uma daquelas jóias maravilhosas da internet que todo mundo deveria assistir na escola): “Manic Pixie Dream Girl é um termo criado por Nathan Rabin para descrever a personagem feminina que existe para ajudar o geralmente branco e definitivamente heterossexual herói a relaxar e curtir a vida.".

EXATAMENTE ISSO, Clementine!

E eu que achei que Clementine ia ser diferente – deve ter sido o cabelo colorido. O que nós sabemos sobre ela, seus sonhos, aspirações, passado? Nada – só que ela é uma “garota fodida tentando encontrar sua paz de espírito”.

OK, OK.

2 – Tally, da série Feios

No mundo de Feios, todos passam por uma cirurgia aos dezesseis anos, os deixando teoricamente perfeitos, com a saúde indestrutível e aparência maravilhosa. Por ansiar por essa cirurgia, Tally é meu tipo de protagonista distópica favorita – a “alienada” (AARGH, morte a essa expressão!) que vai abrindo os olhos. Embora evolua politicamente,a personalidade de Tally só vai piorando, atingindo o ápice de arrogância em Especiais, terceiro livro da série.

Não é por menos que o meu favorito é Extras, narrado por uma nova personagem (e com um enredo daquelas idéias que eu gostaria de ter tido).

1 – Mia Thermopolis, da série O diário da princesa

Já devo ter falado isso por aqui, mais fui obcecada por Meg Cabot durante um tempo. Ela era minha diva, inspiração de escrita e autora favorita.

Bom, as coisas mudam, e foi Mia Thermopolis o estopim.

Como todos devem saber – seja pelo filme da Disney, seja pelos livros – Mia Thermopolis é uma garota nova iorquina comum que naquela fase complicadíssima da adolescência (a do início do ensino médio) descobre ser uma princesa de um minúsculo país europeu. Nos cinco primeiros livros, era bastante aceitável que ela fosse dramática – a idade permitia – mas quando Mia começou a não mostrar nenhum avanço (quando até mesmo eu, Harry e os irmãos Baudaleire estavam amadurecendo) comecei a desconfiar. O pseudo-feminismo, as mancadas extraordinárias (e repetidas) com os amigos e a dependência do namorado deram o veredito: Mia Thermopolis era um saco.

E a vencedora do sorteio de Noite infeliz foi...

Parabéns Giulia! Vou entrar em contato via Facebook e você terá 48h para me enviar seus dados. O envio será feito diretamente pela editora.