Uma das primeiras coisas que escrevi foram releituras. Fiz
chapeuzinho vermelho de todas as cores, três porquinhos sem porquinho da casa
de tijolos, lobo mau bonzinho... Recontar as historinhas que eu ouvia desde o
berço atiçavam a minha imaginação de forma inimaginável, me fazendo ultrapassar
(e muito) as duas laudas dadas pela pró para a produção textual do semestre.
Atualmente, essas “recontagens” de histórias em domínio
público estão na ordem do dia - e foi em
cima disso que Seth Grahame-Smith construiu a sua carreira. Depois do sucesso
de Orgulho, preconceito e zumbis e de
Abraham Lincoln, caçador de vampiros,
o escritor nos traz Noite infeliz,
uma interessante versão das primeiras semanas do homem que mudou o curso da
história ocidental.
Baltasar, um infame e habilidoso ladrão do Império romano,
salva a si mesmo e a outros dois criminosos, Gaspar e Belchior, da morte.
Segundo o código implícito dos saqueadores, aquele que tem sua vida salva deve
seguir seu salvador até “saldar a dívida” – mesmo em uma empreitada perigosa
como desafiar um rei.
Porque aparentemente uma profecia se cumpriu: uma estrela de
um brilho ofuscante apareceu no céu da Judeia, indicando o nascimento do rei
dos judeus, o messias. Com medo, o decadente rei Herodes (um dos muitos submissos
a Roma) ordena a morte de todos os recém nascidos de Belém.
Baltasar é então tomado por um estranho impulso: proteger a
um casal – Maria, uma menina de quinze anos, e José, um carpinteiro – e seu
filho, que ambos dizem ser o salvador. Seguido por Gaspar e Belchior, os três
se tornam a versão mais criativa dos reis magos que há.
Sem convicções
religiosas e com um bom número de crimes nas costas, a atitude de Baltasar
parece ininteligível – mas ao longo da história, vamos entendendo a motivação. Não
importa se você é ateu militante ou religioso fanático: a história não puxa
para nenhum dos dois lados.
Dizem por aí que é difícil escrever fácil, e se isso é
verdade para todo mundo, Seth Grahame-Smith é um mestre: seu texto flui como um
rio, com interrupções instigantes, embora não forçadas. Geralmente não sou
muito boa em visualizar cenas de lutas, mas Noite
infeliz foi como um filme – e não inesperadamente, os direitos para o
cinema já foram vendidos.
Apesar de fazê-las ter marcado a minha infância, tinha um pé
atrás com releituras – geralmente me soam como oportunismo. Mas se alguma delas
for tão boa como Noite infeliz,
porém, acho que elas encherão minha estante.
Ei, tem promoção: ou sortear um exemplar de Noite infeliz lá no Facebook – para participar,
basta curtir a página do Distopicamente e compartilhar essa imagem daqui
(selecionando a opção público). O sorteio será feito via random.org e o
resultado sai no dia 29/01!
Parece bem interessante, eu sou um pouco desconfiada com releituras, mas essa está parecendo ser bem legal rsrs
ResponderExcluirMuito boa a sua resenha, me conquistou :)
Vou participar da promoção
Beijinhos
Renata
http://escutaessa.blogspot.com.br
http://www.facebook.com/BlogEscutaEssa
@blogescutaessa
Haa, também sou um pouco desconfiada também... Obrigada!
ExcluirAdorei essa resenha, ainda não conhecia esse livro, acho muito boa essa ideia de releituras, sempre ficam melhores que a versão original.
ResponderExcluirbeijos
Aah, acho que nem sempre. É complicado superar Jane Austen, por exemplo... Mas nesse caso sim, ficou muito mais interessante! :)
ExcluirNossa, adorei o tema desse livro. Não sou religiosa, mas pelo que foi apresentado na resenha, a história parece ser fascinante e muito bem feita. Estou participando do sorteio, espero ganhar! :D
ResponderExcluirMuito bem feita meesmo, o autor escreve muito bem!
ExcluirFiquei pensando exatamente se o livro puxaria pelo o ateísmo ou o cristianismo. É bom saber, que ele não puxa para nenhum dos lados, tem muita gente que leva ficção a sério. Fiquei bem curioso, portanto vou participar da promo. rs
ResponderExcluirSiim, mas com certeza vai ter gente ofendida de qualquer maneira haha :(
ExcluirOi Isabel ^^
ResponderExcluirQue bom que gostou desta releitura..eu não tenho nada contra e já li uma..mas não sei essa não me trouxe tanta curiosidade..não sei se o fato de estar mais devagar com a leitura influenciou rs..Logo, não vou participar da promo, uma chance a mais para quem vai participar e realmente quer muito o livro.
Não sabia desse evento do Lemony Snicket ..vc vem? dia 26, desse sábado no outro..mesmo sem ter lido, acho que dá pra ir..
Beijos :D
Poxa, nem vai dar para ir :/ Surgiu uma coisa aqui, mas queria taanto!
ExcluirIsabel, eu queria muito ler este livro, mas como estava bastante atrasado não o solicitei, então vou participar da promo ;)
ResponderExcluirEu até gosto de releituras, quando bem escritas rendem bons momentos, mas não consigo tirar da cabeça que, ao menos um pouco, parece oportunismo mesmo. No caso o autor mexeu com uma história que é bastante cara para milhões de pessoas no mundo todo, ou seja, um vespeiro daqueles.
Grande abraço.
Exato. Alguns exemplares vendidos só pela polêmica... Mas acho que tem aquela coisa de reconhecimento, sabe? O leitor já conhece a história original, a associa a algo na sua vida, então acaba sendo legal.
ExcluirOi Isabel, como vai? Acabei de conhecer seu blog e estou seguindo õ/
ResponderExcluirComo você também já li muitas releituras. Também tinha essa impressão de oportunismo, mas eu já li uma ou outra releitura realmente boa. Não cheguei a ler nenhum livro do Seth Grahame-Smith, mas já assisti um filme baseado no livro dele (Abraham Lincoln Caçador de Vampiros) e adorei o filme *O*
Adorei sua resenha. Li poucos livros em que as cenas de luta são fáceis de imaginar, PRECISO colecionar os livros desse autor D=
Beijos, amei seu blog *O*
www.nathlambert.blogspot.com
Não assisti esse filme ainda, mas pretendo. Se for parecido com Noite infeliz, é super adaptável :)
ExcluirOi Isabel, que resenha magnífica! rsrs
ResponderExcluirEu também acho um tanto oportunismo a maioria das releituras, mas nada é definitivo - pode ser que haja alguma que vale a pena, como parece ser o caso.
Nunca imaginei nada assim, e talvez por isso seja tão encantador.
Beijos
Obrigaada! :DD
ExcluirNossa, já é a 2ª pessoa que vejo falando bem do livro. Sendo uma história bíblica, achei bem interessante, principalmente pq gosto de releituras.
ResponderExcluirVou participar e torcer muito. rs
Beijinhos!
Giulia - Prazer, me chamo Livro
É bastante diferente da nossa visão de Reis Magos, mas interessante justamente por isso :)
ExcluirCurto bastante releituras e achei essa bem bacana! Amei sua resenha! Das que li, foi a melhor e que me chamou mais atenção! Tanto que acabei de comprar ahahahaha
ResponderExcluirBjokas
Flavia - Livros e Chocolate
Aah, obrigada :) Espero que curta a leitura!
ExcluirOie Isa
ResponderExcluirnão curto muito releituras, inclusive eu tinha um preconceito gigante contra este autor, por causa de sua releitura de um clássico da Jane Austen diva master...enfim, é bom sempre sair da nossa zona de conforto, e este é o livro perfeito para isso.
bjos
Aah, não li esse da Jane. Deve ser diferente, já que usa um livro, não uma história popular...
ExcluirOlá Isabel! Não conhecia o livro, mas achei bem interessante porque também adoro releituras de clássicos. Acredito que iria gostar bastante, já que você disse que a escrita do autor é maravilhosa. Vou conferir o sorteio.
ResponderExcluirBeijos!
Paloma Viricio- Jornalismo na Alma
Obrigada!
ExcluirMinha relação com releituras é de altos e baixos - porque dependendo do autor, a estória adaptada pode oscilar de obra prima a perfeita chatice. Fiquei um pouco preocupada com Noite Infeliz, por tocar em uma história delicada como o nascimento de Cristo. Mas acho que vale a pena arriscar e o enredo me parece ser bem interessante.
ResponderExcluirClara
http://labsandtags.blogspot.com.br/
Delicadissimo... Mas particularmente não achei desrepeitoso em nenhum momento.
ExcluirHey
ResponderExcluirNossa sempre vejo esse livro na livraria, pensava que fosse algum romance.. nunca imaginaria que o enredo era esse haha
Achei super interessante, apesar do assunto ser de discórdia entre muitos.
Adoro polêmicas haha
Abs
Bom domingo
Nana - Obsession Valley
haha romance que nada!
ExcluirOie Isabel!
ResponderExcluirEu não imaginava que esse livro era um releitura O.O Mesmo com o titulo sendo bem sugestivo essa ideia não me passou pela cabeça rs...
É o tipo de releitura pôlemica, mas pela sua resenha deu para percerber que o livro é muito bom.
Adorei *-* Parabéns pela resenha!
bjus e uma ótima semana para vocês!
;***
anereis.
mydearlibrary | bookreviews • music • culture
@mydearlibrary
Obrigada! O título é sugestivo, mas ainda assim dá margem a outras interpretações msm :)
ExcluirConfesso que eu tinha um pé atrás com releituras. Sempre ficava pensando em qual motivo poderia existir que levasse alguém a alterar uma história que já era boa. Por isso passei longe de "Orgulho, preconceito e zumbis" mas acabei dando uma chance, meio sem querer, ao Lincoln caçador de vampiros. E "Noite Infeliz" parecer ser muito melhor do que esses dois! Gostei da ideia dos magos serem ladrões e das reviravoltas que parece haver na história. Fiquei interessada demais nesse livro! E, poxa, já vai ter filme? HAHA, esse pessoal de Hollywood não perde tempo!
ResponderExcluirBeijo!
Eu fiquei MUITO curiosa quanto a Orgulho,preconceito e zumbis. É uma releitura diferente, já que há uma obra completa - ao contrário de Noite infeliz e Lincoln caçador de vampiros.
ExcluirOi Isabel!Foi a primeira resenha que li do livro, concordo com você sobre releituras e se esta foi tão bem feita, acho que vale a pena. Vou tentar ganhar na promoção, assim economizo. Parabéns pela resenha.
ResponderExcluirBjos!!
Cida
Moonlight Books
Eita, Isabel, vou confessar que não me interessei muito por "Noite infeliz". Não pelo enredo, mas a sua crítica positiva sobre a escrita do autor, ah... isso me deixou bastante curiosa. Vou participar da promoção lá na página do seu blog. =D
ResponderExcluirMuito boa sua resenha.
Um abraço!
Sacudindo Palavras
Oi, Isa.
ResponderExcluirPrimeira resenha que leio do livro e, como sou meio desatualizada quando não se tratam de autores que e já sou fã, acabo nem mesmo tomando conhecimento de certos livros.
Também acho que releituras são um tanto oportunistas, mas isso depende muito da história em questão e de como ela está sendo recontada (acabo sempre levando em consideração aquela frase: "Toda a regra tem uma exceção".
Gislaine Alves
atualizado, comenta?
Jeito Inédito