19 fevereiro 2013

[FILME] 21 gramas



Não desmerecendo o Word e sua tela branca que constantemente ameaça me engolir, mas senti que deveria escrever a resenha de 21 gramas a mão. O ato de deslizar uma caneta, lápis ou lapiseira pelo papel soa bem mais artístico do que o de tocar as pontas dos dedos no teclado à velocidade da luz, por mais horrível que minha letra seja. Esse é o mínimo de sentimento que posso dar a esse filme, que evitou que eu caísse em uma ressaca cinematográfica pós Dogville. Dizem por aí que a melhor cura é continuar bebendo, e 21 gramas foi forte o bastante.


A maior parte de nós tem o hábito de acreditar que nossas vidas são chatas, uma série de acontecimentos estúpidos, nem de longe tão interessante como um filme ou livro. Caros amigos, estamos todos errados. Ainda que você viva em uma redoma de vidro, seu sentimentos e pensamentos são o sonho de qualquer ficcionista. Todo mundo tem história para contar – caso ache o contrário, ou você não tem boa memória ou não prestou atenção.




Quanto aos personagens de 21 gramas, esses REALMENTE tem histórias para contar. Jack Jordan é um ex-presidiário que virou pregador, grato a Deus por sua mudança de vida. As coisas obviamente estão difíceis – não existem muitos empregos por aí para alguém com seu histórico e tatuagens – mas para quem não está, não é mesmo?




Certamente não estão fáceis para Christina: com um passado terrível, a moça se afoga em drogas e álcool para esquecer. Nos filmes que tive a oportunidade de ver na minha curta vida, nenhum ator ou atriz encarnou a dor de forma tão perfeita, intensa e comovente como Naomi Watts encarnou Christina, de forma que evitarei outros trabalhos da atriz no futuro – será difícil de dissociá-la a personagem. Engraçado que sua boa atuação dê este resultado, acho que não é o objetivo de vida de nenhum ator.




E por fim temos Paul Rivers, professor universitário na longuíssima lista para transplante de coração de quem não posso falar muito mais sem dar spoilers. No início, aparentemente não há conexão nenhuma entre os personagens, ideia que se prova falsa pouco a pouco. A edição é completamente picotada, misturando diversos fatos, o que irrita um pouquinho no começo, mas dificilmente seria de outra maneira. Ver os personagens sem uma perspectiva de conjunto é a melhor maneira de não julgar nada (caráter ou ações) só sentir, torcer e sofrer com eles.

10 comentários:

  1. Isabel, até que concordo que é bem mais "artístico" manuscrever, mas o Live Writer me permite viajar mais e, como você disse, a tempestade de dedos sobre o teclado me impede de esquecer alguma coisa.

    Já ouvi falar deste filme mas não o assisti, mas como fã da Naomi Watts desde Violência Gratuita e - pasme! - Túmulo com Vista, tenho que assistir a este.

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  2. Oi Isabel, tudo bem flor?
    Acredita que gosto de escrever no papel quase todas as minhas resenhas? Acho que as ideias fluem melhor.
    Flor eu fiquei curiosa quanto a esse filme por causa dos seus comentários quanto aos personagens. Fiquei com vontade de conhecê-los e acredito que só vendo mesmo o filmes. Ótima resenha.
    Abraços,
    Amanda Almeida

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  3. Que coisa oO esse filme, fiquei curioso pra ver
    Ah eu tbm adoro escrever a mão, tenho guardado todos os cadernos dos meus livros que escrevi *o*

    Enfim, Beijos

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  4. Já quero assistir! Adorei a resenha e com certeza já salvei o nome aqui. Que coisa esse filme, bem como eu gosto :)

    Marina Alessandra do blog Maior de Idade
    @mariinaale
    @maioordeidade

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  5. Não assisti ao filme, mas ele me agradou. Gosto de filmes que contém drama

    http://enfimshakespeare.blogspot.com.br/

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  6. Nossa esse filme é fantástico, confesso que sou um pouco inclinada a gostar dos filmes que o Sean Penn atua, acho ele um excelente ator, um ícone da sua geração.
    Benicio del Toro, errou a mão em alguns filmes, mas tem sorte em outros como esse.
    Ótima indicação!
    abraços
    Melissa
    @decoisasporai
    http://decoisasporai.blogspot.com.br/

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  7. Olá Isabel, vi que vc passou em meu blog e gostaria de agradecer pela sua visitinha e também dizer que gostei muito do seu blog. Achei o Banner dele bem legal com os livros e tudo mais. Parabens pela ideia, porque eu nem tinha pensado nisso antes (risos)

    E outra, se vc quiser me linkar e ser uma de minhas seguidoras me avisa que eu faço o mesmo aqui pelo seu blog. Faço com todos que conheço nos Blogs. Mais me avisa tá ? beijinhos e se cuida Linda. Obrigada !

    lovereadmybooks.blogspot.com.br

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  8. Uau! Preciso assistir a esse filme! Gosto de filmes profundos... Obrigada pela dica!

    Beijos,
    meumundoecolorido.blogspot.com

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  9. Não tinha ouvido falar ainda, mas já me interessei, não pela estória em si, só pelo parágrafo em que você fala que nenhuma vida é chata demais pra um ficcionista, concordo plenamente, e, inclusive, achei lindo esse comentário. "Ainda que você viva em uma redoma de vidro, seu sentimentos e pensamentos são o sonho de qualquer ficcionista."
    E Preciso (PRECISO!!!!) ver Dogville. Pra ontem.

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  10. Nossa, esse filme parece ser muuuuito bom, com personagens profundos! Adoro filmes/livros assim, que a gente acaba ou se identificando com o personagem ou que acabamos "fazendo parte da vida dele". Vou assistir!

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